Desilusão

" Veneno..."

 

Veneno

 

O espírito está morto ... Não sei de mim, aqui no vácuo...

Porquê a vida?

Ecos da morte, Na memória ... Acordados,

Solução, fluidez, Dança a Magia...

Não há vestigio, não há mais lágrimas,

É a hísteria

Opacidade, 

Anestesia...

É o desejo,  no ódio escondido,

É a vontade... é o veneno contido...

 

A Alma corre, dispo o meu Espírito,

Não vos dou nada...

 

Estou possuido pelas vontades do meu corpo

Estou possuído
pelas vontades do meu corpo.
Corruído,
por querer e não poder atracar no teu porto.

Sinto-me perdido
no teu vasto oceano.
Desiludido,
por ser, apenas, mais um engano.

Porque me deixas encontrar o teu rumo
sem o encontrar?
Porque fazes de mim fumo
que se está a dissipar?

E eu... Eu? Eu, apenas, desejo ter-te!
Trazer mais que tristeza do teu profundo.
Possuir-te, agarrar-te e ver-te
como conheceste o mundo.

LIBERDADE SEM IRA

LIBERDADE SEM IRA

Por muito culpado que me julgues, não me flageles com palavras
O meu corpo sangra e a minha alma foi engolida pelo esquecimento
Não, não quero mais sangue, nem mitos, nem histórias, nem lavras
Pintado por um padrão de horrores sem piedade nem sentimento.

Também não grites para essa gente, filhos de um passado presente
Surdos, não querem ouvir, nem saber as razões de quem sentira
O erro de não querer ser igual a tantos outros. Querer ser diferente
Esquecer o passado de dor. E crescer sem ódio, sem mágoa, sem ira.

Porque existe o nevoeiro

Porque existe o nevoeiro

que cobre o nascer da luz?

Vem e cobre, o nevoeiro,

e o sol já não reluz.

 

Como dissipar este nevoeiro

que me leva a alegria de viver?

Cada vez que ataca, este nevoeiro,

fico com vontade de desaparecer!

 

Luz, trespassa este nevoeiro!

- como outros anteriores -

Mostra como o teu brilhar é verdadeiro

e partilha comigo os teus primores!

Mágoas

MÁGOAS

Podes sair, fugir, correr
Mas não te podes esconder
Por entre a minha sombra
Sempre difusa.

Rasgas o tempo onde te guardas
Nos silêncios do teu querer
Fazes pequenas construções no meu afeto
Prendes nos meus os teus olhos de musa.

Por entre a aleivosia do momento
Posso fingir que não quero ver
Injurias, cânticos, lamurias, feitiços de lua
Onde no rio do além danças nua.

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