A Saudade e o Tempo
Autor: Débora Benvenuti on Thursday, 23 May 2013
Em uma noite obscura
os ventos me obsediarão
mas o amor me levou em ternura
para longe do medo e da escuridão
hoje fui obliterada na imensidão do mundo
e mesmo temendo fui obsequente a seu favor
e fui levada as profundezas do abismo mais profundo
apenas em nome do nosso amor
APRENDER SER FELIZ SOZINHA
Gostei! Aprendi ser feliz sozinha, mesmo parecendo ter alguém ao meu lado, mas é só fantasia!
Poderia ter perdido a esperança, a fé, a GRAÇA, porque a decepção foi grande, pensei tantas coisas boas, missões, Deus levantar obras através de nós, mas alguém não colaborou comigo, me deixando à sós!
Mas , estou aqui, fraquinha mas viva e feliz!
Autora: Madalena Cordeiro
Teu beijo é meu desejo constante
Recordação que não morre
Amoroso, intenso e penetrante
Como vigoroso rio que para o mar corre!
Beijo de sabor a limão
Pelo qual suspiro noite e dia
Quando à noite o vazio me dá a mão
E a tinta pelo papel desliza com ousadia!
Teu beijo luminoso como alvorada
Envolvendo-me num manto de fantasia
Tal como grito mudo do toiro na tourada
E o eco surdo do Corvo na falésia!
Lá vem ela, esvoaçante,
Numa nuvem de perfume, flutuante,
Com uma roupa sexy, tão colante,
Vendendo sua imagem, provocante.
Toda cheia de charme, fascinante,
Transbordando de orgulho, tão pedante,
Desfilando sua figura, insinuante,
Imaginando-se uma deusa, fulgurante.
Mas, o tempo passa, massacrante,
E toda aquela beleza, estonteante,
Vai se desfazendo, desconcertante,
Até tornar-se uma velha, degradante.
Desculpem por este poema, deselegante,
Dizem que o amor mora no coração...
Nossa! Que errônea dedução!
O coração é apenas um músculo pulsante,
Não poderia guardar algo tão importante.
O amor é algo frágil, sublime e sagrado,
Precisa de um invólucro mais apropriado,
O coração é só um órgão que bombeia sangue,
Não sente nada, não fantasia, é estanque.
O amor precisa de ilusão, ternura, admiração,
Uma moradia de sensibilidade e muita emoção,
Onde seria, então, o reduto imaculado do amor?
Acho que só no cérebro, meu estupefato senhor.
Pasmem, acabou a paz,
Aqui, ali, e em toda parte,
E isso, para muitos, tanto faz,
O importante é o poder, destarte.
A violência impera, solerte,
Nos quatro cantos deste mundo,
E o amor, aquele amor mais profundo,
Parece apenas observar, inerte.
É claro que o bem é muito forte,
E luta com suas armas pacíficas,
Tentando, em manobras idílicas,
Levar o mal à própria morte.
E a paz, pasmem!
Se coloca fugidia,
Se esconde,
Um dia após o outro dia,
Fase frágil,
Contráctil,
Inábil,
Do meu charme.
Tempo estático,
Apático,
Cáustico,
Do meu cerne.
Ego tétrico,
Decrépito,
Patético,
Em baixo astral.
Papo frígido,
Insípido,
Rígido,
Tão banal.
Oh! my God,
Que melancolia sazonal.