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FÓSSEIS DE SONHOS

O eco que ouço da minha dor,

(re) bate nas paredes deste infindo vazio,

E por vezes deixa-me insana.

 

Prostro-me imóvel e ciente de;

Não pode tocar,

Não pode realizar,

E nem ao menos sonhar.

 

São fósseis dos grandes sonhos,

Caminhos do qual,

(in) voluntariamente desviei-me.

 

Posso sentir-me desaparecendo aos poucos

Presa em cada devaneio desfeito

Sequelas adornam minha alma

E tento regurgitar-me de mim.

 

Matei as palavras

Matei as palavras

 

Pudera eu dizer-te com palavras

o que carrego dentro,

mas as palavras são sons sem sentido

para o que sinto crepitar dentro.

E as palavras

matei-as,

degolei-as com as minhas próprias veias,

E o silêncio abracei para sempre...

Palavras?!

Para quê?

Se já estão mortas!

Quem com o coração não sente,

Não é com palavras que entende!

agora

AGORA
no meu refúgio tranquilo
sou um homem solitário
AGORA
o meu sonho desapareceu
mas, permaneço iludido
AGORA
nesta velha cabana
alimento a ideia de...
AGORA
permaneço aqui
tão só quanto a lua
AGORA
sob a areia da triste praia
olho o mar
AGORA
já sem esperança
só me resta morrer
AGORA
meu amigo
é O FIM.

Manhãs velozes futuros perdidos

Tu queres o limite obeso da vontade

E da excitação?

Terás da prova o regalo.

Digo-te!

Preparas vossa alma

Para adentrar o maior dos mais profundos buracos

A escuridão maior da não evasiva perdida treva.

 

Bem que assim o fiz

Que assim te digo,

O vulto poeta no exceder de todos jubilosos verões

Veraneios “charmosos” de todas as estações que palpitam

Quentes às severas hóstias de veneno,

Com risadas a valer por tudo.

Bem havia nisso o escárnio indecente

a m i z a d e

T u d o i s t o p o r q u e a a m i z a d e
n ã o e s t á N o f u n d o d e u m
s a c o d e p l á s t i c o d e s c a r t á v e l ,
n e m n a c u r v a d o f i m d a r u a .
T u d o i s t o p o r q u e a
a m i z a d e
p o d e e s t a r a q u i A o l a d o ,
e m t i . . .

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