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Entardecer

Entardecer

 

Gosto de umas conversas com o mar ao entardecer.

O mar é seletivo, não fala com todo mundo

Tens que encontrar-se em um momento de alma pura

A conversa não é contigo, é entre o mar e tua alma

A meditação frente ao mar no entardecer possibilita o diálogo

A consciência mundana apenas observa como mero espectador

A conversa é entre tua alma e o mar, ao entardecer

 

Charles Silva

mar

Recostado na areia
Oiço notas de uma composição musical
O mar agreste acaricia as rochas
. . . nuas de sentimento
A gaivota plana no tempo
Tempo de outrora
Silencio moribundo numa noite de . . .
E se o mar chorasse?

ABSTRATO

Descobrir-te
na pluralidade,
uma sucinta definição do meu eu,
atreladas com perfeição
um consentimento,
meu âmago a lidar
entretecendo em minha alma,
volver-se, o passado,
o vigente,
ou a contemporaneidade,
às vezes tão absorto da realidade,
manifestando o senso,
abduzido de sensações
difundindo a existência,
assinalando, com efeito,
um indício de um alguém

Oração pelos Meninos da África

Oh, Deus! Proteja os Meninos da África!
Sei, o senhor já ampara tantos meninos
Pelo mundo!
Mas proteja esses Meninos!
Os Meninos da África!
Quando nascem já estão sós,
Como pequenas estrelas perdidas na escuridão.
A miséria, senhora dessas terras,
Inimiga das famílias africanas,
Diverte-se sobre um palco de medo e dor
Os Meninos da África nascem sobre a terra
Machucada por guerras sem fim.
Oh! Homens cruéis que roubaram a beleza
Da África!
Cenário de Príncipes e princesas.

Gloriosa Pátria Minha Língua

Gloriosa Pátria minha língua,

Que da glória é bem falada e mal vivida.

Minha dor, minha pele, minha saudade,

Minha flor, meu rancor…e piedade.

 

Lusitânia das estrelas despojada

Em gral fecundo vaso anunciado.

Liberdade em cidades desbravada,

Idioma pelo mundo semeado.

 

Oh Gloriosa Pátria minha língua!

Diáspora abstracta fecundosa

De mundos e virtudes valerosa.

Sê minha, sê tua, universal,

Língua Mãe,

Sonho Pai,

De Portugal!

Cadeirante menino

Lá vem!
O cadeirante menino,

Com sua luneta lunar.
Fazendo curvas
Na triste vida dos homens,
Rasgando risadas de estrelas pelo ar.

Suas pernas estão paralisadas;
Mas, em suas veias corre o sangue límpido de Deus.

Velejará por mares infinitos...
Por entre cânticos sublimes de um lindo apogeu.

Não se curva, não fracassa,
Sua vida é um milagre;

Tem na alma a agilidade de uma fragata.
Sabe, portanto, sua missão:

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