Geral
Vivo sem saber viver.
Autor: Rui Correia on Wednesday, 4 December 2013Eu vivo
sem saber viver.
Sou esquivo...
Tento sobreviver.
De tanto mover,
de lado para lado,
fico acompanhado
por uma dor de cabeça,
tão forte,
que faz com que permaneça
agarrado à minha sorte.
Fico agarrado a nadas
da minha imaginação...
Águas passadas
que ainda me correm no coração.
Mas acabam por não correr...
De tanto sofrer,
e tanto lutar,
o coração deixa de querer
e quem antes estava a ganhar
passa a perder.
Eternidades de Assovio
Autor: Adriano Alcantra on Wednesday, 4 December 2013Aqui no dia cor de manga
Águas tremem infiéis
Sob ventos películas
Que perturbam sem saber.
Nuvem em longos cabelos brancos
Presos às cabeças azuis do céu.
Tudo orienta ao que se vê
Ao que se sente
Sons vesperais minguam ao relento
Algo mais ao sul dos humanos
Inimigos do norte.
DIA a DIA
Autor: CharlesSilva on Tuesday, 3 December 2013DIA a DIA
Há um sábio em cada um de nós, mesmo nos momentos de burrice
Há algo de violento em cada um de nós, mesmo nos momentos mais sublimes
É quando a balança pesa mais para um lado, que o outro, como um pêndulo
E assim nos dividimos enquanto vivemos, na própria harmonia do pêndulo
Tem dias, e há dias, como o dia após dia, no dia a dia
Charles Silva
Mercador de Ilusões
Autor: CharlesSilva on Tuesday, 3 December 2013Mercador de Ilusões
Transformar ilusões em palavras, frases, contos e histórias. Transformar emoções em parágrafos, textos, dissertações e roteiros. Criar cenários, personagens, circunstâncias vividas, expor a alma nua frase a frase. O mercador de ilusões descreve a libido, escreve sensações, trás a tona lembranças de antigas paixões. Pessoas comuns escrevem textos comuns, poetas não, poetas são mercadores de ilusões.
Charles Silva
Passeio
Autor: CharlesSilva on Tuesday, 3 December 2013Suicídio –
Autor: CharlesSilva on Monday, 2 December 2013ALFABETIZANDO
Autor: ALEXANDRE CAMPANHOLA on Sunday, 1 December 2013Ah! Quem não lembra quando na vez primeira
Sentou-se Joaquim tímido na carteira?
Aquele pedreiro cheirando a concreto,
Pai de família, modesto, analfabeto...
Perante o quadro negro todo encolhido,
Temendo o abecedário desconhecido.
Tão cuidadoso co`as folhas da cartilha,
Segurando-a qual sua primeira filha.
Com a língua no lápis molhando a ponta,
Repetindo as vogais sem qualquer conta.
No caderno a letra feia “destrilhada”
Feita no tremor da mão tão calejada.