Geral

Entre Ventos e Marés

 

Não delates nunca o que vejo
se abarco os sentidos no olhar!

O que pressinto e que antevejo
é muito mais do que o desejo
de que só eu consigo imaginar.

Sente o rumor desses silêncios,
que serpenteiam suavemente…

Eu sou o fio manso da corrente.
Sou coração de imensidão de mar,
sou olhos de chuva a transbordar.

Sou esboço mesclado e abstrato
escultor de sonhos em rochedos,
actor principal dos meus segredos.

Ah, meus versos

Ah, meus versos

 

Ah, meus versos querem sua autonomia

Querem ser livres e sair a voar

Querem de mim se distanciar e viver na boemia

Só querem uma cousa, amar!

A minha única alegria

E que um dia eles irão voltar.

 

Versos que com tanto amor recebia

Minha devoção que jamais pude eu postergar

Tão distante neste dia

Que somente ao lembrar ponho-me a chorar

Meu acerbado pranto nessa perfídia

Que na elegia pôde se abrigar.

 

Ignomínia que furtara minha alegria

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