UM TOQUE
Autor: JaninhaMell on Friday, 10 May 2013
UM TOQUE
UM TOQUE
Eu desejei e errei.
Cheguei, onde sempre quis chegar,
Mesmo sem saber como ia chegar
Tendo apenas a certeza que iria!
E sem perceber ou ate mesmo sem saber como!
Eu estava lá,
Onde desejei!
Não nas formas que em minha mente fantasiava
Mas de forma real
Onde não pude perceber ha que hora tudo mudou.
Mas mudou, e reconhecer um desejo mesmo contrariado com ele!
Minhas formas eram diferentes e estar ali deveria ser feliz!
Pois sim, é uma vitoria.
Mas não vibrei.
Sentei-me no cimo da escada
numa noite de completa escuridão
senti-me inundada por uma magia
adormeci com essa sensação
Quando acordei olhei o mar
onde estava algo brilhante
que parecia chamar-me
por ser tão deslumbrante
Levantei-me e corri
para depressa lá chegar
até que no nada caí
já sem norte tentei planar
Quando o fundo avistei
fiquei tão apavorada
até que por fim acordei
e estava no fundo da escada
ACREDITE
Acredite, tenha fé, confie, Deus não decepciona!
Não tenha vergonha de ser o que você é...
A sua beleza está na sua diferença!
Autora: Madalena Cordeiro
DEUS VERDADEIRO
Quando existe amor, tudo torna lindo e verdadeiro.
É por isso que Deus é lindo e verdadeiro!
Ninguém viu Deus!
Por tudo de belo que existe, pela natureza, podemos contemplar sua beleza!
E que riqueza!
Autora: Madalena Cordeiro
Quem sou eu
Sou Judeu não ateu
Sábio um tanto louco
Médico um pouco Monstro
Roqueiro amante da bossa nova e MPB
Sou o poeta que não sabe o que é amar
Sou tudo e nada ao mesmo tempo
Sou aquele que toca guitarra invisível no ônibus...
Sou aquele que vive sorrindo à toa e que chora sem motivos
Sou um ser estranho pernóstico
Sou o que não sou também não sou o que sou
Sou uma metamorfose constante redundante
Mudo de revés sem motivos talvez
Justiça! Onde paras minha amiga?
Tento encontrar-te por toda a cidade
Não sei o que é feito de ti!
Fizeram-te mal?
Tiraram-te a virtude de seres justa
E desapareceste com vergonha de ti própria?
Foi isso não foi?
Bem me parecia.
Andam tantos malandros
Tantos criminosos á solta
E tu nada fazes
Sentes-te impotente
Castrada, pois é
Mas quem te faz tudo isto?
Voam os abutres
Dos altos penhascos ilustres
Sobre os rios tristes da realidade
Libertos de vaidade.
Voam com o vento
Nas asas do pensamento
Através do mundo
Que acorda sorrindo.
Nas horas frias do relógio
Na cede do elogio
Tudo voa num segundo
Nas mãos do vagabundo.
Inventam-se arraiais
O barco baloiça no cais
O Sol deita-se no horizonte
Voam os pardais da fonte.