Geral

Eu desejei e errei.

 

Eu desejei e errei.

 

Cheguei, onde sempre quis chegar,

Mesmo sem saber como ia chegar

Tendo apenas a certeza que iria!

E sem perceber ou ate mesmo sem saber como!

Eu estava lá,

Onde desejei!

Não nas formas que em minha mente fantasiava

Mas de forma real

Onde não pude perceber ha que hora tudo mudou.

Mas mudou, e reconhecer um desejo mesmo contrariado com ele!

Minhas formas eram diferentes e estar ali deveria ser feliz!

Pois sim, é uma vitoria.

Mas não vibrei.

Estranha sensação

Sentei-me no cimo da escada
numa noite de completa escuridão
senti-me inundada por uma magia
adormeci com essa sensação

Quando acordei olhei o mar
onde estava algo brilhante
que parecia chamar-me
por ser tão deslumbrante

Levantei-me e corri
para depressa lá chegar
até que no nada caí
já sem norte tentei planar

Quando o fundo avistei
fiquei tão apavorada
até que por fim acordei
e estava no fundo da escada

ACREDITE

                                       ACREDITE

Acredite, tenha fé, confie, Deus não decepciona!

   Não tenha vergonha de ser o que você é...

   A sua beleza está na sua diferença!

 

Autora: Madalena Cordeiro

DEUS VERDADEIRO

                                DEUS VERDADEIRO

Quando existe amor, tudo torna lindo e verdadeiro.

    É por isso que Deus é lindo e verdadeiro!

Ninguém viu Deus!

    Por tudo de belo que existe, pela natureza, podemos contemplar sua beleza!

E que riqueza!

 

Autora: Madalena Cordeiro

Que sou eu

 

Quem sou eu

Sou Judeu não ateu

 Sábio um tanto louco

Médico um pouco Monstro

Roqueiro amante da bossa nova e MPB

Sou o poeta que não sabe o que é amar

Sou tudo e nada ao mesmo tempo

Sou aquele que toca guitarra invisível no ônibus...

Sou aquele que vive sorrindo à toa e que chora sem motivos

 Sou um ser estranho pernóstico

Sou o que não sou também não sou o que sou

Sou uma metamorfose constante redundante

Mudo de revés sem motivos talvez

COMO TE COMPREENDO...

Justiça! Onde paras minha amiga?

Tento encontrar-te por toda a cidade

Não sei o que é feito de ti!

Fizeram-te mal?

Tiraram-te a virtude de seres justa

E desapareceste com vergonha de ti própria?

Foi isso não foi?

Bem me parecia.

Andam tantos malandros

Tantos criminosos á solta

E tu nada fazes

Sentes-te impotente

Castrada, pois é

Mas quem te faz tudo isto?

O voo da vida

Voam os abutres
Dos altos penhascos ilustres
Sobre os rios tristes da realidade
Libertos de vaidade.

Voam com o vento
Nas asas do pensamento
Através do mundo
Que acorda sorrindo.

Nas horas frias do relógio
Na cede do elogio
Tudo voa num segundo
Nas mãos do vagabundo.

Inventam-se arraiais
O barco baloiça no cais
O Sol deita-se no horizonte
Voam os pardais da fonte.

MILICIANO

Aquela mão assassina,

Que trucida e chacina, 

crianças de rua.

 

É a mesma, já festiva,

Que afaga e cativa,

Os cabelos da sua.

 

Sem complexo de culpa, 

Nem dó, nem desculpa,

 Guarda sua arma.

 

E, no momento seguinte,

Dorme, com todo o requinte,

Um sono leve, sem trauma.

 

A mesma mão que golpeia,

É aquela que semeia,

Rosas no quintal.

 

E, uma hora depois,

Lê a tragédia na página dois,

Comendo um lanche frugal.

 

 

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