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Poema sem poeta

 

Poema sem poeta

 

Gostaram do meu poema,

Disseram-me que não sou poeta.

Entendo.

Um poema vive sem poeta.

O poeta não vive sem poemas.

 

O que é um poeta?

O que é um poema?

O que sou eu?

O que sou eu sem escrever sobre o meu eu?

Sobre o meu olhar.

 

Eu não sei quem eu sou,

Não sei quem é o eu que diz que sou.

Não sei quem é aquele que quer falar o que devo ser.

Seus caminhos sobre o que é o amor,

Explosões, vibrações e melodias.

ESTE CORPO

 

Este corpo
Que me calhou assumir
E que me obriga a sentir
Coisas que nem sempre entendo...
Esta mente
Que nem sempre ouve, o que digo
E teima em deixar-me constrangido,
Perante o que vou vivendo...
Um dilema…

Que ainda hoje me acompanha,
Sem que eu vislumbre ou detenha,
Uma saída aceitável...
É mistério, com que tenho que viver
Sem ter podido escolher
Um outro mais desvendável...

PÃO

                                             PÃO

É melhor um pedaço de pão seco, e junto a paz...

Do que a casa cheia de carnes, e junto a confusão!

Contendas e falta de união!

 

Autora: Madalena A. C. Rocha.

 

Não-coisa

Quero o que eu e você ainda não sabemos, é isso que me interessa. Vou passear pelo vértice do ódio, amor e conhecimento. Não saberei por muitas vezes discernir em qual estarei. Se você me sentir, apenas sinta, dançaremos juntos. Mas não se esqueça de que eu o avisei sobre o que podemos passar, pois tem passos que ainda não sabemos dançar.

Uma Missão

Nem sei...
Mas foi assim:
Deus me trouxe aqui
para uma grande missão...

Tem vezes que me pego a pensar:
- Por que estou aqui?
Mas como tudo tem seu tempo,
Espero partir...

Partir para onde, o medo não existe,
para onde a vida toca de maneira
igualitária e sem rótulos...
Para um lugar que não exista,
Para um lugar que apenas vivas em paz!

Colheitas de Poesia

Exageraram o sonho em colheitas de poesia
Em plenas safras estreladas indecisas,
Que gastam longos anos e poucas falas.
Saberia sim, se houvesse um pouco de dó.
Só os doidos poetas mortos preenchem tão longínquo peito
E ainda há quem seja real,
Mesmo assim macas eram carruagens velozes
Enfeitadas de cavalos negros.
Ouviram todos os relinchos quando no atravessar das nuvens
Estavam todos lá.
Não conhecia as feições,
Mas as palavras
As vozes e os olhares.
Eram todos - um,

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