Passamos por momentos
No qual somos empurrados
Para baixo,
Colocados com a face sobre a terra.
Somos introduzidos
Na Terra.
Por que existo,
Ou o que sou eu?
Ficamos como sementes,
Sementes sufocadas.
Muitos passam,
Muitos pisam.
Outros passam,
Porque tem que passar.
Alguns passam
E não nos vê.
O que será que vai acontecer?
Por que às vezes ficamos assustados?
Completos em nada,
Espumamos como champanhe,
Vivemos como nada.
Tudo é bobagem fantástica,
Repleto de desafios e alegorias.
Pulsando no pulso do prazer
Corre o sangue da fantasia.
A meta não alcançada traz a realidade,
A verdade não suportada,
O pulso não mais sentido.
Sangue negro de desprazer,
Feito de instintos insatisfeitos.
Transfusão perigosa.
Reação necessária,
Modificação obrigatória da vida.
Apavorante fantasia ser enterrado vivo,
Mas apenas para realidade, transformada,
Não para verdade insuportável.
Descortinando a fantasia,
Sem misturas,
Ser enterrado vivo é uma prova de amor.
Nada mais é do que a verdade de viver novamente no ventre materno.
LIVRE
SOU LIVRE
GRITEI
NA RUA
NINGUÉM
ME ENTENDIA
MAS OUVIRAM.
QUANTOS DEUSES EXISTEM?
SÃO BELOS E GRANDES.
QUANTOS DIAS A CONTAR OS DEUSES?
DESDE QUE VEJO
E OS HOMENS
NÃO CONTAM.
DEIXO
O MUNDO
O PALCO
INVISÍVEL DO AMOR
E ME DEDICO À FLOR.
As pessoas belas são feitas de nada.
Do mel que é produzido por suas profundezas.
Arranham seus caixões, vivos, até saírem.
Não buscam nada.
Apenas querem respirar vida.