Geral
*PHANTASIAS*
Autor: Gomes Leal on Wednesday, 30 January 2013Tenho, ás vezes, desejos delirantes
De a todos te roubar, meu lyrio amado!
E levar-te, em um vôo arrebatado,
Aos paizes phantasticos, distantes.
Á India, China ou o Iran, e os meus instantes
Passal-os a teus pés, grave e encrusado,
N'um tapete chinez, avelludado,
Com flores ideaes e extravagantes.
Nossa vida seria, ó pomba minha!
Mais leve do que a aza da andorinha...
E, nas horas calmosas, eu e tu...
*A VALENTINA DE LUCENA*
Autor: Gomes Leal on Wednesday, 30 January 2013Eu tambem já em tempos não distantes,
Fiz versos sensuaes e namorados,
Aos occasos de luz ensanguentados,
E á meiga e boa lua dos amantes.
E escrevi pelos albuns elegantes
Idyllios em papeis assetinados,
E, como a luz dos ponches inflammados,
Fiz odes ideaes e extravagantes.
Mas hoje emfim mudei, e inda ha bem pouco,
A diva por quem choro e vivo louco,
--A flor, a flor ideal das maravilhas...
Personagens
Autor: Fabio Renato Villela on Wednesday, 30 January 2013
ONDE SE ENCONTRA A VENTURA?
Autor: Bulhão Pato on Wednesday, 30 January 2013
Se o homem fosse, como deveria ser
Autor: Alberto Caeiro on Wednesday, 30 January 2013
Se o homem fosse, como deveria ser,
Não um animal doente, mas o mais perfeito dos animais.
Animal directo e não indirecto,
*EL DESDICHADO*
Autor: Gomes Leal on Tuesday, 29 January 2013Ninguem póde dizer que soffro ou tenho;
Eu não amo a princeza da Golconda,
Nem da prisão livral-a é meu empenho,
Qual paladim da Tavola Redonda.
E sinto-me ir minando; um mal extranho
Que ninguem sabe, e vista alguma sonda,
Me mata lentamente, como um lenho
Que vae levando, mar em fóra, a onda.
Todas as tardes fujo ao sol poente;
Recolho cedo a casa, e durmo quente,
E a Medecina já me desengana...
O Espírito
Autor: arresiur on Tuesday, 29 January 2013
No conforto da casa
Autor: arresiur on Tuesday, 29 January 2013
Que prendam os covardes!
Autor: Alessandro Moura on Tuesday, 29 January 2013
Quando Deus criou sua mais bela obra prima: o homem. Deu-lhe o privilegio e a liberdade de administrar tudo quanto havia criado inclusive seu exuberante jardim. Mas um dia ele observando os animais com seus respectivos pares, os rios nascendo em gotas prateadas por entre as fendas das rochas, os lírios com suas flores exóticas, as borboletas colorindo todo horizonte... Sentiu-se só.
-Então o criador vendo sua tristeza e solidão, resolveu fazer-lhe uma grata surpresa: