AOS ASTROS!
Autor: Manuel de Arriaga on Friday, 7 December 2012Quando ergo á noite os olhos scismadores
Á cupula do ceu, cheia de mundos,
E perco-me nos páramos profundos
D'um mar sem fim de tremulos fulgores:
O ceu, qual templo levantado á Vida,
Armado de riquissimo thesouro,
De par em par descerra as portas d'ouro,
E attrae a si minha alma embevecida!...
Chovem-me então das cellicas alturas,
Das luminosas, candidas estrellas,
Visões sublimes, ideaes e bellas
Da Causa que deu o ser ás creaturas!...