Tempestade!
Autor: António Nobre on Friday, 30 November 2012O meu beliche é tal qual o bercinho,
Onde dormi horas que não vêm mais.
Dos seus embalos já estou cheiinho:
Minha velha ama são os vendavaes!
Uivam os ventos! Fumo, bebo vinho.
O vapor treme! Abraço a _Biblia_, aos ais...
Covarde! Que dirá teu Avôzinho,
Que foi moreante? Que dirão teus Paes?
Coragem! Considera o que has soffrido,
O que soffres e o que ainda soffrerás,
E ve, depois, se accaso é permittido