Geral
Olhar
Autor: WILSON CORDEIRO... on Friday, 14 March 2025Olhar
Quando o olhar ditoso do soldado
Ao front das esperanças lançou sonhos...
Quando a primavera deu mais flores
O inverno mais amores
Quando o céu do bem-querer
Ofertou o colo aconchegante
Convite interessante
Quem se arriscou a caminhar
Pelo fim das guerras, o fim das guerras
O término guerrear!
Não é mais uma quimera
Início de uma nova história de paz
O aguardo do que estava distante
Temos ideia, gente ressuscitou lá atrás!
E quantos mais ressuscitarão,
Logo mais?
Orfeu
Autor: Reirazinho on Tuesday, 11 March 2025Oh, nobre senhor dos cânticos!
Das liras jazem o algor
na perfeita sinfonia,
sucumbe no teu torpor
a nobreza tão sombria
de beijar deuses e santos!
Acontece na França
Autor: WILSON CORDEIRO... on Wednesday, 5 March 2025Acontece na França
Franco miado a passear pelo telhado
Sob a sinfonia de monsieur chat
miados e chamados
boêmia histérica
em plena noite de natal
enquanto rolava a ceia em casa
e a plateia de cachorros ficavam
pasmados na reserva polposa de sobra alimentar
olha o desperdício que os humanos proporcionam!
E o olhar aflito dos cachorros
esperando pelo momento desta boa vida:
ossitos e com sorte, alguma carne para mangeous
toda criança adora Petit Gâteau
a França me encanta, sem ter ido lá.
Livro particular
Autor: WILSON CORDEIRO... on Wednesday, 26 February 2025Carpe Diem
Naquele déjà-vu
Não é mais aquela casa
Que espera por mim
Toda minha arena foi devastada
Ficou pequena a rua Isabel de Castela
A alegria ficou tão calada
Quem já teve Carpe Diem entenda
Eu já tive déjà-vu com Madalena
As mangas da Arapiraca 152 tem mel eternizado
Na boca de crianças que se tornaram imundas
Pela poeira da mangueira centenária
Que mal que nada
Todo dia tinha carpe diem com
Madalena e a meninada
Olhar psico
Autor: WILSON CORDEIRO... on Saturday, 22 February 2025Gostaria de ter os olhos do meu cão
Meu cão, eu mesmo não sei das suas demarcações
Neste mundo animalesco
Mas os olhos deste amigo, além de beleza rara
Uma cor indefinida, não comum, nem simples
Gostaria de ter seus olhos e enxergar em silêncio
Com a pausa que se necessita para enxergar o mundo
Acima de nossos corações,
Nosso mundo exterior
Devora nossa coragem?
Tememos por viver lá adiante
Não podemos viajar, nossa bagagem é incompleta
Nosso mundo, submundo
As credenciais do amor
Autor: WILSON CORDEIRO... on Thursday, 13 February 2025Mulher de ventos amenos
delicadeza é a tua vocação
teu amor é meu?
que teu abraço
não deserte meu encanto!
Mulher de muitas habilidades terrenas
que me acena há distâncias
perdoe os poemas não ditos
e as palavras esbugalhadas deste amor
Quem me dera ter fala e escrita poderosa
para convencer o teu mundo
quem me dera tivesse ao menos
toda bondade de um Fernando
o coração de um Pessoa
Redecorar
Autor: WILSON CORDEIRO... on Sunday, 9 February 2025Quero um espaço nesta nave angular
uma breve abdução para distrair
a mente
sair das mesmices fases lunares
quero o que Deus fez:
o cântico raro da contralto italiana
uma rede cearense
um sítio diminuto, uma cabana
tomar água de coco ou caldo de cana
em xícara de porcelana
quero uma dor amena,
caminhando para o estágio de não existir
quero amanhecer com juízo perfeito
queria meu pai por mais tempo
um coquetel bem produzido
um elixir de possibilidades
Cores sonhadas
Autor: WILSON CORDEIRO... on Wednesday, 5 February 2025Metamorfosear as cores sonhadas
o paraíso mais lindo,
o voo sobre as flores mais perfumadas
marcar por um instante,
o olhar paralisante de humanos que as observam passar!
Animais domésticos, admiram seu voo e o seu desfilar
gatos e cachorros, avançam querendo brincar!
Redes não estão autorizadas!
Estas, não contemplaram o voo poético
da charmosa borboleta.
Castiçais sem vela
Autor: WILSON CORDEIRO... on Saturday, 1 February 2025Eu já não vejo luzes
no palco do meu conhecer te
estão sobrando trevas!
O café, tão querido entre quatro paredes,
com o frio, anulou meu querer
entristeceu o meu paladar
chove sem parar lá fora
eu só queria te pertencer!
Meu amor, flor principal
única deste jardim
mas, sem inspiração, esperem da vida um ser cinza
ojeriza tão violenta , que na pele atormenta
vem se aproximando de mim!
Tanta ciência gastronômica para o paladar
sensações de mentira
não precisam procurar
com mínimo esforço