Geral
Janelas
Autor: Reirazinho on Saturday, 25 March 2023Abertas no solilóquio do vento,
Abruptamente batem entre si,
Janelas batem pensamentos,
Por vezes frívolos, chocam-se.
A jovial janela interroga:
— Por que tão rígida és?
A outra responde na hora:
— Porque a chuva agride-me.
Sucinta e clara resposta
Por satisfeita ela cala.
‘’Por que a chuva e não a Lua?’’
Pensa a janela tapada.
Estranhos montes
Autor: Reirazinho on Thursday, 23 March 2023Sentimento de estranheza pelos montes,
Montes terrestres, montes do coração,
É como nomeio aquilo dito na mente.
Tem coisa que a gente não sabe falar,
Nem escalar como no monte insólito.
Deitarei sobre a cama para enfim escalar.
No vale dos sonhos o inominável descansa,
E no monte desconhecido, repouso.
Seis emoções
Autor: Reirazinho on Wednesday, 22 March 2023
As emoções básicas são elementos.
A raiva finda secando o coração,
enrijece e aquece tormentos.
Diferente da tristeza que enxarca
rios de interna decepção,
melancoliza a noite e tarda.
Já a alegria resplandece o agito,
oposta ao medo de se crescer,
inversamente, sente o suspiro,
treme e apequena o ser.
Medo e surpresa são parecidos:
um teme o estrondo, o outro
se choca nos raios fortíssimos.
Linguagem e suas peripécias
Autor: Reirazinho on Thursday, 16 March 2023Hiperonímia do ser
Hipocrisia, egoísmo, arrogância, soberba e maldade.
Metonímia do cansaço
Cruzei o mar a mil passos pro oeste. Minhas pernas se afogaram em cansaço.
Prosopopeia dos destroços
Tanta dor. Sofro de tremor: minha enxaqueca desabou-me no chão.
Aliteração literária
Literatura atura mil coisas, até a fé do que vê e crê. Literatura jura que saber e crer não é igual e legal.
Acrônimo da tia Neide
Poesia é vivência
Autor: Reirazinho on Monday, 13 March 2023Estações
Autor: Reirazinho on Saturday, 11 March 2023Empatia
Autor: Reirazinho on Wednesday, 8 March 2023Seja bela ao mundo feio
Autor: Reirazinho on Sunday, 5 March 2023Os erros fitam a ti
Autor: Reirazinho on Sunday, 5 March 2023Está disposto a acertar?
Há um ser de preto errando
na eternidade perpétua.
E nas frestas da dor, vê-se
nu e sem brilho nos olhos.