Meditação
a recuperação do ardor
Autor: António Tê Santos on Monday, 11 May 2020há atoardas singelas que eu vou desfolhando através da poesia: que eu transfiro das vicissitudes para suprimir os meus queixumes; que eu instalo no cerne das emoções para desdobrar os meus temas preferidos.
a recuperação do ardor
Autor: António Tê Santos on Saturday, 9 May 2020numa feira banal oiço os silvos da angústia e o palavreado de quem mobiliza a sua inteligência; oiço os pretextos dos habilidosos e as rebeliões dos sitiados quando o declínio esgarça os seus atributos; oiço aqueles que recuperaram o vigor examinando o seu próprio degredo.
a recuperação do ardor
Autor: António Tê Santos on Friday, 8 May 2020transponho o mural das hostilidades quando divido os meus suplícios em frações; quando integro no pensamento certas formas do verbo amar; quando revigoro os meus sentidos com a álgebra que vou coligindo.
a recuperação do ardor
Autor: António Tê Santos on Thursday, 7 May 2020a turba pragueja quando inspira o odor corrosivo da sua liberdade: e quando a fortuna lhe sobrevém há uma gritaria que perdura onde brilha a sua flama; e quando alça o sofrimento tem a aparência dum truão trepando uma paliçada colossal.
a recuperação do ardor
Autor: António Tê Santos on Wednesday, 6 May 2020a veracidade mitiga as bizarrias dum imutável principiante para que ele supere as suas angústias no deserto coletivo por onde vagueia e para que um deus individual cerre as fronteiras aos seus abundantes temores.
Diário da clausura!
Autor: DiCello Poeta on Tuesday, 5 May 2020a recuperação do ardor
Autor: António Tê Santos on Monday, 4 May 2020o cântico afasta-se das divergências mundanas para que as suas preces se renovem numa serrania metafísica; para que das suas aulas se desprenda a sensitiva experiência da morte; para moldar os agasalhos que encorajam as suas vibrações altaneiras.
a recuperação do ardor
Autor: António Tê Santos on Saturday, 2 May 2020o poeta reputa as suas inquietações em solilóquios que calcorreiam as avenidas do tempo e que acrescentam à sua memória chilreios pungentes que são lenitivos para a sua vida discrepante.