Meditação
um palácio transcendental
Autor: António Tê Santos on Saturday, 18 January 2020a flor que cresce nos itinerários do sofrimento tem a solidão como fé no intuito de desenrolar os versos que a sua singularidade transfigura: cresce com bramidos que ascendem os palcos da utopia; cresce como traumatismos que excitam o porvir que insinua.
um palácio transcendental
Autor: António Tê Santos on Monday, 13 January 2020há sintomas delirantes que eu escavo e publico quando envergo a farpela dos arlequins ou quando, como um soberano sem reinado, transfiro para as grutas do lazer as minhas circunvoluções.
a recuperação do ardor
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 7 January 2020afasto-me do alvoroço para que o meu estilo se desenrole através duma metódica compassividade; para que o palavreado vá cativando os meus raciocínios lúdicos e entreabra as portas a uma derradeira harmonia.
Um pouco de mim
Autor: DiCello Poeta on Tuesday, 7 January 2020O TUGÚRIO ESCALAVRADO
Autor: António Tê Santos on Thursday, 26 December 2019irrompi nas vielas desordeiras conduzindo uma carripana desusada.
entreabri-me ao pensamento furibundo aliviando as dores gerais.
a sensação de ter vivido preso a um tronco que o chão farto irrigou de esperança.
o artifício de matar os embriões da nostalgia abrangendo mastros e navegantes.
o arrimo de palestras beatíficas excita um regenerado sopro que traumatiza.
O VOO CREPUSCULAR
Autor: António Tê Santos on Thursday, 26 December 2019a extrema fealdade estoirou o paredão da minha inconsciência.
as guerras melífluas hospedam salamaleques insuportáveis.
o tabuado da solidão tem muitas equimoses cravadas.
há uma moda intraduzível divulgada pelos produtores de mágoas.
as palavras dilatam-se num lugarejo de tonalidades abrangentes.
O NÚCLEO DA SOLIDÃO
Autor: António Tê Santos on Thursday, 26 December 2019há relatos de cultura nos lares dos que se afincam em distanciar as paixões.
coloquei sementes no copo das transgressões abafando os óbulos divinos.
o raciocínio foi categorizado com palavras que eu vomitei persistentemente.
sou duma nação ornamentada com paisagens deslumbrantes e feiuras tradicionais.
os paraísos que se manifestam na semeação de homens conscientes.
A LARGURA DO ÓCIO
Autor: António Tê Santos on Thursday, 26 December 2019há sobrevivos de carnificinas que banalizam a malignidade.
a ideia de vergastar a leviandade para recolher desgostos poéticos.
a força das palavras malditas que reiteram os assombros da solidão.
temo a contradança dos sentidos empoleirados num divã obsoleto.
a fortuna habita nas gavetas dos que segredam as palavras que exprimem.
A TOADA MARGINAL
Autor: António Tê Santos on Thursday, 26 December 2019a víbora é entronizada no matagal da solidão.
as palavras de hoje sobem todos os degraus avaliando as lecionações.
a tarefa de retirar a esperança do cofre da misantropia.
as palavras que o machado corta no cerne de conflitos impostergáveis.
o pudor regateia nos antípodas duma vida tumultuosa.