chuva
Autor: Pericles Moreir... on Saturday, 27 July 2019Chuva
Chuva
Gustave
No substrato psíquico comum
Eu vi um golfinho nadando na Grécia do meu coração
Minhas lagrimas translucidas
Viram animais correndo na relva
Sua silhueta ficava mais belas no movimento da luz arquetípica
As estrelas do meu próprio destino jazem em meu peito
Ele bate feliz.
existe uma guerrilha que teorizo numa gaiola modorrenta quando transmito os aforismos de quem aufere uma venturosa renúncia; existe um filão que pranteio na atormentada candura do meu canto e que evidenciam as lesões imberbes que emoldurei.
a felicidade que ginastico alenta palavras que me transferem para uma criteriosa moradia onde os meus ferimentos abandonam o seu embrulho melancólico e onde as minhas narrativas possuem teias que enlaçam um vagaroso despertar.
clamo por uma rústica paisagem cheia de encantos e formosura coibindo o vulgar entendimento ou isolando-o no lugar onde as manigâncias se soerguem para debilitarem a minha poesia.
depois das agitações mitológicas da loucura emerge a náusea no topo duma falésia desmedida juntamente com a descrição dos rituais libertinos que emitem as angústias saídas da fornalha da displicência.
fomento o conforto de quem seleciona quais os costumes a desprezar nas penedias dos suicidas ou nas cavernas dos eremitas através de algébricos retoques que originam mensagens fundamentais.