cataratas de luar
Autor: António Tê Santos on Monday, 22 April 2019quando enalteço a esperança são os cardos que agoiram o meu dealbar prazenteiro; quando me prontifico a sonhar são os cardos que enfeitam o meu regaço invernal.
quando enalteço a esperança são os cardos que agoiram o meu dealbar prazenteiro; quando me prontifico a sonhar são os cardos que enfeitam o meu regaço invernal.
a postura trivial de inflamar os ditames que jorram pelas janelas do suplício; os meneios da insolência ao exaltá-los nos reclamos da meninice; a glorificação dessas palavras quando provêm do sofrimento.
disperso os meus obstáculos no regaço túrgido onde se planta a evolução: onde o desdém incendeia as falácias costumeiras e se ajuízam os conceitos bolorentos das maiorias.
inflamo os protestos mais acerbos quando uma ampla teia se emaranha nos meus clamores para tartamudear as jaulas da minha vida ou quando na minha regeneração sobressaem os diplomas do meu isolamento.
adejam os meus sonhos harmoniosos sobre um poente derretido pela minha ambição ao transgredirem os esboços insípidos da minha juventude e ao fulgurarem a musicalidade do meu raciocínio.
as palavras relevantes são aquelas que esfraldam as ilusões farfalhudas dos vates apostrofando os desacatos que saltarilham entre os homens e rebulindo os dísticos que imobilizam os seus antagonismos.
" Incertezas"
Dou voltas e voltas
À procura de tudo
À procura de nada
E sigo durante horas
Por essa estrada
Cheia de incertezas
E sigo sem estar certa de nada
Não sei o que quero
Mas sei o que sou
Às vezes não sei o que espero
Desta vida que ainda não acabou
E vou dando voltas e voltas
Sem sair do mesmo lugar
Voltas e voltas
Que teimam em não acabar
Olá caros leitores!
Um Bem-Haja a todos!
Obrigada por me apoiarem e gostarem das minhas poesias.
Se te sentires perdida
No meio de uma tristeza sem fim
Senta-te num banco
No meio do jardim
Ou da Natureza
E escuta a mensagem
Que ela tem para te dar
Não há tamanha beleza
Fecha os teus olhos
Que quase sentes o teu corpo a levitar
Nada temos certo na nossa vida
Vivemos numa ânsia constante
Pelo dia que nos espera amanhã
Porque a certeza
De não estar certo de nada
Nos faz caminhar num rumo vibrante
Numa alegria incerta
E o que tomamos hoje como garantido
Amanhã está dado por perdido
E então choramos ajoelhados
Sob a chuva o Inverno
Levando as nossas lágrimas pela calçada
A vida corre acelerada
Não damos pelo amanhã a partir
Vivemos nos nossos medos
E as nossas incertezas
Que nos aprisionam
E não nos deixam sorrir
as minhas façanhas têm um recheio eremítico que eu arremesso contra as paredes do ócio integrando-as depois na formatura dos usos para que as minhas dissertações me arrebatam ao sofrimento.