socalcos de pedraria
Autor: António Tê Santos on Saturday, 15 September 2018a poesia rescende às flores que dissipam os infortúnios na alvura dos temas que a compõem com uma inusitada habilidade em metamorfosear os litígios em recreações.
a poesia rescende às flores que dissipam os infortúnios na alvura dos temas que a compõem com uma inusitada habilidade em metamorfosear os litígios em recreações.
Existem pedras
muitos são os desafios
Caminho sem preocupação
liberto-me dos preconceitos falidos quando transponho os meus abismos com uma nomenclatura que se esfralda desde o patamar da intimidade onde as minhas missivas deslizam pelos socalcos da poesia.
Era uma manhã fria e brumosa
Uma fina e incessante garoa deixava o ambiente envolto
Para selecione os pensamentos,
colocando-os como roupas,
quando arrumo a mochila
a recreação é transposta para uma terminologia que expande os meus ferimentos no campo da erudição onde a poesia revitaliza as circunvoluções da minha alma ao inverter a tessitura duma inocente flor.
as facécias libertaram-me quando se estabeleceram sobre os alicerces das minhas aflições: foram o nutrimento duma existência que dirigiu os meus atos supérfluos; foram um nebuloso panorama que atiçou as labaredas do meu crescimento.
Tenho um jardim mítico
nele eu consigo encontrar magia
duendes, elfos e fada madrinha