Meditação
Terra Fértil
Autor: Antonio Carlos Ramos on Tuesday, 10 October 2017Terra fértil
Aonde colhe tudo que se planta
Nessa terra existe a esperança
Para aquele que é semeador
A vida inteira por essa terra eu procurei
Pelas estradas muitas lagrimas derramei
Mas este dia para mim chegou
Terra fértil, Terra fértil.
Abençoada pelo meu Senhor
Aonde pouco semeei e muito colhi
Nessa terra hoje eu sou feliz
Todas as manhãs eu olho para o infinito
E de joelho agradeço ao criador
Que me trouxe para essa terra
E a minha vida mudou
Somente devaneio
Autor: Maria Helena Co... on Sunday, 8 October 2017Encanto, sofregamente encanto
Silêncio transbordante e soprado na chama incandescente
Incessantemente aquele sentimento de amargura imunda
E somente ansiando pelo silêncio do teu olhar
Breve nuvem ensombrando o meu caminho
Átomos exteriorizando uma dança de pesar
Deambulando insano coração nas partidas palavras
Que palpitam no crepitar de uma canção
Silêncio infinito,
Eternamente em mim soçobrando
Breve esgar de remorso
Por um caminho tortuoso e delirante
Procurando-me
Autor: Maria Helena Co... on Sunday, 8 October 2017Procuro-me e não me encontro
Por íngremes veredas e estonteantes alamedas
Cruzo o sombrio bater da alma humana
Encontro penumbras que de vida fervilham,
Agrestes ondulações transbordam o oceano
Um agre sabor pincela o meu corpo
Que paira na longínqua estrada
Que por entre os meus dedos escorre
Vida esta estranha e solitária
Que percorre todo o meu ser
E me encontra num pensamento fugaz e etéreo
Que levemente sobrevoa o imenso céu
Que adorna o meu sonho
Antes morrer que falar!
Autor: Ana Duarte on Saturday, 7 October 2017Tempo sentido
Autor: Maria Helena Co... on Saturday, 7 October 2017Apenas tempo fugazmente correndo
Num momento sem tempo da morada da minha alma
Neste tempo sem sentir
Sente o momento que percorro levemente
E sem sentido e apenas sentindo
Me encontro neste etéreo tempo
Tão infindo por percorrer,
Apenas sentindo ter alma de poeta
Me encontro e revejo no teu olhar
Estonteantes sentidos percorrendo-me
E sempre buscando em encontrar-me
Caminhos percorridos
Autor: Maria Helena Co... on Saturday, 7 October 2017Por entre agrestes pedras e dourados sóis
O meu rosto com traços de melancolia desenhado
No exuberante voo das andorinhas que anseio reviver,
Brota em mim uma ancestral vontade
De à terra regressar e com ela me envolver,
Fadas e elfos em mim suavemente pousaram
E mil demónios em turbilhão me perderam
E no infinito horizonte que o meu olhar abraça,
Revejo toda a eternidade que não encontro
No caminho que percorro e que em mim palpita
Ofuscando as minhas vísceras de cor de esperança
o cais sereno
Autor: António Tê Santos on Saturday, 7 October 2017as palavras jorram quando as máculas profetizam ousadias excitantes; ou quando o destempero é fomentado pela sensibilidade; ou quando a erudição confere acepipes à nostalgia.
Surreal imagem
Autor: Maria Helena Co... on Friday, 6 October 2017Com pincéis de incolor seda e uma paleta de infindas cores
Pintalguei abruptamente o meu nascer de fugaz cor,
Suavemente embalei os braços da minha mãe,
De alegria esfusiante desenhada
Com bênçãos mil percorri a minha infância,
E de frondosas árvores e inebriantes animais,
Na Terra Mãe fui enraizada.
À entrada do humano viver
Surge a revolta implacável e imunda,
Timidamente pintalguei o meu ser de cor de medo
E rasgando as minhas células,
Singular devaneio
Autor: Maria Helena Co... on Friday, 6 October 2017Oiço ao longe intensas e vibrantes badaladas
O chilrear brejeiro e alegre dos pardais
Que tal como eu sentindo a suave brisa de vento
E que acorda o reflexo dourado da Terra que me acolhe
Grandiosa e divina que os meus pés pisam sem pudor
Mas na minha alma retrata o meu ser
Ser este que de tão perturbador,
Sonha com o infinito e eterno céu
Que os meus olhos com encanto abraçam,
E que no meu coração habita para nele sempre permanecer
Sentindo em mim que o meu ser é das estrelas