Meditação
Tempo sentido
Autor: Maria Helena Co... on Saturday, 7 October 2017Apenas tempo fugazmente correndo
Num momento sem tempo da morada da minha alma
Neste tempo sem sentir
Sente o momento que percorro levemente
E sem sentido e apenas sentindo
Me encontro neste etéreo tempo
Tão infindo por percorrer,
Apenas sentindo ter alma de poeta
Me encontro e revejo no teu olhar
Estonteantes sentidos percorrendo-me
E sempre buscando em encontrar-me
Caminhos percorridos
Autor: Maria Helena Co... on Saturday, 7 October 2017Por entre agrestes pedras e dourados sóis
O meu rosto com traços de melancolia desenhado
No exuberante voo das andorinhas que anseio reviver,
Brota em mim uma ancestral vontade
De à terra regressar e com ela me envolver,
Fadas e elfos em mim suavemente pousaram
E mil demónios em turbilhão me perderam
E no infinito horizonte que o meu olhar abraça,
Revejo toda a eternidade que não encontro
No caminho que percorro e que em mim palpita
Ofuscando as minhas vísceras de cor de esperança
o cais sereno
Autor: António Tê Santos on Saturday, 7 October 2017as palavras jorram quando as máculas profetizam ousadias excitantes; ou quando o destempero é fomentado pela sensibilidade; ou quando a erudição confere acepipes à nostalgia.
Surreal imagem
Autor: Maria Helena Co... on Friday, 6 October 2017Com pincéis de incolor seda e uma paleta de infindas cores
Pintalguei abruptamente o meu nascer de fugaz cor,
Suavemente embalei os braços da minha mãe,
De alegria esfusiante desenhada
Com bênçãos mil percorri a minha infância,
E de frondosas árvores e inebriantes animais,
Na Terra Mãe fui enraizada.
À entrada do humano viver
Surge a revolta implacável e imunda,
Timidamente pintalguei o meu ser de cor de medo
E rasgando as minhas células,
Singular devaneio
Autor: Maria Helena Co... on Friday, 6 October 2017Oiço ao longe intensas e vibrantes badaladas
O chilrear brejeiro e alegre dos pardais
Que tal como eu sentindo a suave brisa de vento
E que acorda o reflexo dourado da Terra que me acolhe
Grandiosa e divina que os meus pés pisam sem pudor
Mas na minha alma retrata o meu ser
Ser este que de tão perturbador,
Sonha com o infinito e eterno céu
Que os meus olhos com encanto abraçam,
E que no meu coração habita para nele sempre permanecer
Sentindo em mim que o meu ser é das estrelas
Ser, humano
Autor: Maria Helena Co... on Friday, 6 October 2017Nas brumas da realidade
Fugazes momentos que transbordam de vida
Presença única que de ti, universo infindo
Encontro nas vísceras que em mim reclamam
O estar vivido nesta realidade que me afoga
Num mar de caóticas sensações de nada
Procuram incessantemente em mim, a vida
Que desnudo e assim sentida,
No breu do meu olhar se desvanece
Apenas neste profundo ser que de mim renasce
E se aflora abruptamente no meu sentir
Que de ti, universo imenso
Bucólica espera
Autor: Maria Helena Co... on Friday, 6 October 2017
E este imenso mar abalroa o meu olhar
Sonantes ondas transpõem o meu ser
De profundidade sedento,
Jamais desenhada na superficialidade desta realidade,
Que me afoga com desdém
E inerte olhando para esta sua imensidão
A minha alma finalmente encontra,
Aquela paz que o meu ser escabrosamente anseia
E assim permaneço desejando somente
Reencontrar nas suas intempestuosas vagas
Aquele silêncio que absurdamente me envolve,
E me devolve o breu desta vida
O Senhor Me Conhece
Autor: Antonio Carlos Ramos on Thursday, 5 October 2017Senhor tu conheces os meus pensamentos
O meu deitar e levantar
Toda palavra oculta em minha língua
Sabes mesmo antes de eu falar
Sabes para onde irei
Antes de me por ha caminhar
Para onde fugirei da tua face
Que não possa me encontrar
Se subir ao céu Lá esta o Senhor
Se mergulhar nas águas do mar
Também ali o Senhor me espera
A tua mão sobre as ondas me guiara
Se as trevas me encobrirem
A sua luz me mostrará
Trevas e luz são iguais para o senhor
Apenas escrevendo
Autor: Maria Helena Co... on Thursday, 5 October 2017Na desmedida ânsia desta escrita
Me traduzo sem pudor,
Regurgitando a minha angústia
Abençoando os meus amores
E exorcizando os meus desamores,
Vertendo invisíveis lágrimas
Que perdi na dor de nunca me encontrar.
E eternamente me procuro,
Pintalgando o meu pensamento
De cor infinda de esperança,
Numa folha de papel de serenidade inundada
E que revejo numa bucólica e vibrante árvore,
Delicadamente me aplainando
E com ternura me transparecendo,