Co(r)po Meio Cheio
Autor: Joana Trindade ... on Monday, 7 August 2017Soltei o ego
deste corpo meio cheio
e alma vazia.
Soltei o ego
deste corpo meio cheio
e alma vazia.
entoo cantigas ácidas ludibriando o vigor dos sermões; mas reitero também os ditados antigos inserindo nas alamedas do bem-estar uma textura que celebra os arroubos sancionados.
catapulto-me para o lugar onde a promiscuidade se ergueu absorvendo as transações da minha alma ou destampando as garraiadas que adornaram os meus discursos.
deslizei pela matriz dos revezes lançando as minhas ideias num sorvedouro de imprecisões desde o lugar aplainado que a ousadia motivou junto à cerca do desespero.
a poesia adultera os comportamentos rotineiros quando cinge problemas pessoais inflamando os relatos mundanos com uma originalidade que vivifica a comunicação.
Com os azares e infelicidades da vida vamos aprendendo que certas coisas que deviam equilibrar a balança estão fora dela e quando acontecem esses mesmos azares é que nos apercebemos o que o realmente importante. Coisas más acontecem, e por vezes não temos o poder de impedir o seu desfecho. Vivamos com a esperança e com a ânsia de viver novas experiência e que não nos faltem todos os dias folhas novas para escrever no nosso livro da vida.
as palavras sobrevoam as locuções de outrora quando as remessas de beijos arrasavam a terminologia e as incertezas se revigoravam nos descampados da angústia.
Chega o dia, em que os teus erros serão maiores que os teus acertos. Mesmo que te esforces sempre vão achar que vais falhar na tua vida. Essa nuvem vai-te ofuscar para o mundo. Impedindo que vejam o teu brilho e as tuas capacidades. No entanto toda a gente falha, afinal a mente também fraqueja e muitas vezes erramos, e a culpa nem é nossa existirem esses erros, pelo menos não se trata de uma culpa consciente.