Se calhar é sorte
Autor: Duarte Almeida Jorge on Monday, 24 April 2017Se calhar é sorte,
Se não calhar é azar.
Porventura ser mais forte,
Na aventura de amar.
Se calhar é sorte,
Se não calhar é azar.
Porventura ser mais forte,
Na aventura de amar.
Temos pra viver muito mais
Nossos amores, nossas dores
O mundo machuca, a vida ensina a curar
Vivemos numa completa loucura
O mundo está perdido
Dominado, totalmente destruído
E as pessoas acham que é normal
Não tem nada de errado tudo é normal
O mundo é ilusório
O mundo está caótico
O mundo entra em guerra
O mundo perde a paz
O mundo se entrega
E depois quer pregar a paz
O mundo não tem mais jeito e agora tanto faz
O mundo acabou
O mundo despencou
Pra que ludibriar
Silenciei-me... entreguei a retidão
Mergulhei em momentos de instrospecção
Pude ouvir até mesmo os batimentos
De frente mato o Homem,
Por trás a humanidade mata leão.
os poemas dançam na encruzilhada de ideias generosas e fundamentais.
haja a presunção de raspar a severidade que enlambuza este lugar desengraçado.
as páginas mudam-se em lágrimas que ressumbram nas toalhinhas da consciência.
a caducidade dos sermões erigidos nas ruínas das cidades caprichadas.
haja uma albergaria onde se protejam os segredos sentimentais e se rotulem as leviandades.
há poemas que transbordam de cansaço quando rodopiam desejos ignorados.
a mocidade desdobrou um sonho que percorreu o circuito da imperfeição.
os lugares onde a vilania estende as serpentinas da solidão e do desafeto.
o drama necessitou de metáforas arrebatadas que transmitissem clareza às encenações.
esconjurei todas as vergastadas numa biblioteca vagabunda.
A vida é uma escola na qual aprendemos...
Ensinamos, erramos, ouvimos e falamos
Também: choramos, falhamos, caimos, levantamos
Sorrimos, dançamos, pulamos e nos decepcionamos.
Crescemos e seguimos nossa estrada
Sempre buscamos melhorar em nossas caminhadas
Na estrada, pecamos e pedimos perdão de Deus
Tememos para com Ele
Respeitando, honrando e sermos digno de Tua palavra
Seguimos na estrada
Procurando melhorar a cada dia
Aprendermos a ser nossa melhor versão
A cada passar de verão, outono, primavera e inverno
quando a desventura é grudada aos taipais da inconsciência.
a saudade une-se à pobreza para trinar cantigas exaradas pela dor.
há homens que se ausentam para lugares onde a paisagem é incompreendida.
quando as fragilidades possuem as compressas que o tempo emoldurou.
existem aspas que se esgueiram pelas ruas que a saudade projetou.
procuro nas transfusões a lira que estrutura os meus anseios.
as irrisões e os tumultos que se criaram dos artifícios gerais ao real entendimento.
por onde circula a derivação majestática do abraço, algures perdida na longa caminhada?
recordo a mágoa de andar descalço por bermas privativas.
arquivei os meus deslumbramentos na ideia de me compreender.
os teoremas têm o benigno objetivo de solucionar corrosivas desventuras.
invento palavras intrépidas contra o desconsolo da indiferença.
capturei as nódoas do sustento e o aparato habilidoso da representação.
os lampejos fátuos dos homens que revivificam a nostalgia.
emerge um corpo desnudado sobre as ondas fictícias que o pensamento elaborou.