Meditação

Elevo com relevo aquilo que me apetece

Nesta sociedade hipócrita que sempre recusou,

A realidade de alguns que nunca tiveram nada.

Uma necessidade incendiada porque quem a queimou.

Um história esquecida, omitida ou alterada.

Eu sou quem eu sou, ação ou palavra,

Herdei do meu avô esta vontade de cantá-la.

Eu sou a voz infindável, garra imparável, a mão coberta de terra enquanto a escavava.

Eu sou cada dádiva, eu sou cada lágrima, eu sou a paz, a guerra, eu sou a raiva.

Sou a falta de sono, sou aquele que não esquece,

Ás vezes sou o frio que a noite te arreferece,

O morto, o louco!

Um homem sem imaginação,

É um homem morto;

Um homem sem sonhos,

É um homem morto;

Muitos não enxergam,

Mas eles estão entre nós;

 

Reprimindo nossos sonhos,

Reprimindo nossas mentes,

Reprimindo nossa ousadia,

Dizendo que é rebeldia.

 

Um homem sem imaginação,

É um homem morto;

Um homem sem sonhos,

É um homem morto;

Os “mortos” não enxergam,

Mas estão entre nós,

Passeiam em zigue-zague,

Nos olhando. Nos encarando.

Nos chamando de loucos!!

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