Mais vale ir
Autor: Duarte Almeida Jorge on Wednesday, 30 November 2016O conforto temporário arrasta consigo um sofrimento permanente.
Sofro por ir, e sofro por não ter ido.
Mais vale ir.
O conforto temporário arrasta consigo um sofrimento permanente.
Sofro por ir, e sofro por não ter ido.
Mais vale ir.
as palavras inspiradas pelo medo, as aulas pintadas de fresco sob a obesidade da lua, as casas que descem o rio do desgosto para encomendar sermões tóxicos, os logros que entardecem à janela do pranto.
a proeza de misturar aos eixos vivenciais trâmites controversos que mitigam as mágoas quando o tédio se revela um dentista cruel.
Se é fixação perco a noção deste chão tão fixadamente.
Fico só , ou fico são, enterro a razão dentro dum caixão permanentemente.
Para sempre é ilusão onde preservo a emoção aliada ao sentimento.
Parecendo que não finjo em negação de uma verdade evidente.
Consciente revelação que a consciencia transcende.
Realidade onde tudo é vão até mesmo esta existencia que vos prende.
Vómito de solidão
Justiça da palavra em dor
Mágoa que exalta em vão
Que causa um feroz ardor
mortifico-me com as dúvidas arrecadadas em feiras de almas contrafeitas ao revelar as peripécias que escoriavam quando atravessava o mar ácido das peregrinações emocionais.
as pregações cavadas pelo medo têm cardos que a bravura escorraça dos trilhos ásperos que entopem o evangelho: são pregações argutas feitas à medida do homem grosseiro; são torniquetes de esperanças vertidas num oceano maculado.
as palavras destampam chilreios dispondo no horizonte uma natureza graciosa com os seus amplexos persuasivos que fazem do homem um esteta requintado.
nos meandros desta vida insolente há aqueles que expelem fogo pelas goelas subtraindo conceitos a outros que se posicionam nos recantos da harmonia.
O eloquente(mente),
Verdade que com(prometo).
Eterna(mente) quem eterna sente,
Para sempre é agora.
Indivisível matéria ou obra prima,
Miséria é vizinha de quem a sent(ia).
Poesia indefinida quando alguem a definia.
A dor é mentira quando ninguém escutava, ou(via).