Meditação

Um mundo melhor irá ter

Não vos devo nada
A não ser o respeito
Que toda existência
Deve ter direito´

Aflige-te o meu passado
Esqueces-te de pensar no futuro
Estagnada/o no universo da hipocrisia
Jamais treparás o muro

Que te impede de ver mais além
Concentra-te naquilo que é teu
Não te importes como eu subsisto
Despega daquilo que é meu

Já te examinaste a ti própria/o?
Já olhas-te bem para ti?
Fá-lo, e continuas a querer atirar “pedras”?
Olha a vida que te sorri

SENSO ÍNTIMO

Meu riso me eterniza perante o cosmos...

 

Não sou feio, nem sou bonito, deveras,

Eu me preciso e tomo de mim a decência

 

Que me faz conspirar diante  das naves

Edificadas como santuários de benesses

Que guardam segredos das intimidades...

 

Meu senso me leva a escalar altas colinas

Onde a consciência separa o joio do trigo

E soterra as iniquidades do orbe perverso,

Abrindo escalas que são botijas do bem...

 

Em meu silêncio doutrino as maquiavélicas

Zíngaro

Eu me sinto meio cigano,

Nômade no palco das letras,

Buscando do alfabeto as tetas

Para retratar meus desenganos.

 

Sentimento lúgubre jaz e plana

Sobre as pétalas da inspiração,

As palavras tecem versos em vão

Que se perdem em estradas ciganas.

 

Pontuações me alucinam, fico tonto,

Entre as vírgulas da vida me defronto

Com labirintos que são becos sem saída...

 

Intensa morbidez governa meu corpo

Flagelado pelo anacronismo dum escopo

Que dormita inócuo sobre cinzas feridas!

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