Meditação

Silêncio

Silêncio em ti me encontro

Amarras agrilhoam o meu caminhar

Procuro na vida que incansavelmente busquei

Encontrar os filhos do meu ventre

Que na dor concebi e abracei

Pelo seu perdão anseio entregar

O amor que pintalga o meu ser

E apenas o silêncio em mim habita,

Névoas de cinza dos meus dedos deslizam

E turvas lágrimas teimam em escurecer o meu olhar,

Anseio partir para lugar algum

Na esperança de este silêncio tocar

Que em mim sem pudor devaneia,

Antropofóbicos seres povoam o meu ser

Birra

Birra de menino sempre a lastimar:
-Mamãe, estou no jogo com minha turma ,
O futebol aqui na rua vai começar
-Romário deixa disso , vá com os livros se enturmar!
-Mamãe deixe disso , o que já sei posso ensinar
Escola é muito monótona , a mochila é pesada
E esse peso, andar quilômetros , vai me matar !
-Menino, futebol vai deixar tua mente lesada
-Eu quero mesmo é como o rei Pelé jogar !
-Menino a educação nunca quebrara as tuas pernas
Futebol é uma emoção passageira , logo vai passar !

À beira-mar

Aqui neste cantinho à beira-mar

Vejo um infinito horizonte pacífico

Onde o astro rei se alinha no mar

E os seus vibrantes raios cintilantes

Se difundem nas águas.

 

Aqui neste cantinho à beira-mar

Ouço a inconfundível voz relaxante

Das ondas que sussurram o amor

E com os seus braços enlaçam

Tudo aquilo que alcançam.

 

Aqui neste cantinho à beira-mar

Sinto o inebriante cheiro reconfortante

Da maresia que perfuma o ar

E como uma indomável carícia

Se entranha na pele.

 

Poemas e orações Autora Maria Carmo Borges Maria Borges

                               Olho para Jesus sacramentado

Suspirei de alegria,

Não sabendo como lhe agradecer.

Jesus tem nome puro e Santo

Iluminou a Virgem Maria

Para aparecer naquele lugar

De nome Cova de Iria.

Todos sabemos

Que este mundo é uma passagem

Humanos

Nota mais baixa
Desde teste humanitário
Sou a desventura em serie e a triste promessa ?
Sou eu político ,militante militar ?
Não, sou humano!
Devagar vou andar !
Não estou contemplado na lista dos afortunados ,
Nem na ala dos privilegiados .
Nem serei alistado, ou soldado nessa guerra presente,
Que extirpa o coração facilmente
Eu queria ser menino, mas menino eu não sou
Meu pai me preparou no seu silencio
Ensinando que não era apenas os peixes que Deus ofertaria ,

A indiferença do presente

 

O universo flui no seu devir

Indiferente aos constrangimentos

Que cada mudança acalenta.

Segue pacificamente o seu rumo,

Convicto da sua missão a cumprir.

E no despertar de cada manhã,

Ou no seu entardecer,

Amavelmente nos presenteia …

Com a ternura da sua beleza,

Mesclada na infinidade…

Da panóplia de tonalidades,

De emoções sentidas e vividas

E de movimentos circunstanciados,

Que com os seus braços nos abraçam,

Proporcionando o conforto desejado.

Na sua missão mais pura

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