Meditação
O Tempo triste
Autor: WILSON CORDEIRO... on Saturday, 25 December 2021O tempo saboreia todas minhas veias
Um conglomerado de células
Desimportantes para este senhor
Consumidas também
Sem piedade pelo assustador espelho
Não é com a aparência
Que me preocupo
E com que eu prego no mundo
Eu me sinto triste ,
Para que esconder o que sinto ?
Os trocados de afetividade são os
que servem ,
Entregues para quitar a anti alegria
Viver preparando os retalhos
Para cortinar a sala durante a refeição do tempo,
De profecias particulares
Um tiquinho de felicidade
equações caprichosas
Autor: António Tê Santos on Sunday, 19 December 2021dissolvo a ternura em palestras que transportam consigo o melindre e a rebelião: reclamo assim contra os sintomas duma vida conturbada grafando versos que provêm duma recolha lacerante.
equações caprichosas
Autor: António Tê Santos on Saturday, 18 December 2021esvoejo sobre os abismos da vida quando proscrevo os libelos para reaver os meus ideais falidos; quando transfiro para a poesia os meus fervores oscilantes; quando louvo a esperança nas pretensões que vou reforçando.
INCERTO E AUSTERO
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Saturday, 18 December 2021
só não me confundam
com a penumbra da noite
o desconforto do meio-dia
na trincheira escura que me atropela
sozinho na rua instável
me perco quase que completamente
justo como um descrente
por aderir a um riso fácil
um sinal de feitiçaria demente
comovente como um crime doloso
e me recupero por completo
-incerto e austero-
por causa de detalhes irrelevantes
diante da muita controvérsia
pelos transtornos que não causei
sei qual é a cor do pecado
equações caprichosas
Autor: António Tê Santos on Wednesday, 15 December 2021a raiz das minhas utopias está na feição do vocabulário quando ele intensifica os ditames fulgurantes e as narrativas inverosímeis que patenteio na crosta dum mundo que ludibrio para obter efeitos surpreendentes.
Vida
Autor: WILSON CORDEIRO... on Wednesday, 15 December 2021A morte não deve ser nossa capitã
Por que Deus não é um Deus de mortos
Ó desvairada e antiga vilã
Morte, eterno é o teu despropósito!
De toda humanidade persiste em ser anfitriã
Se está vida é tudo que há
Existe dramatização, e tramoia
Onde já se viu , até três mil anos
Viver a Sequoia?
A humanidade paga o preço
Exorbitante
Da conta que Adão deixou sem quitar.
O mundo com esta sina é descontente
A morte e como um sono custoso
Chega deste vil descansar!
Feia adormecida
equações caprichosas
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 14 December 2021confronto as minhas emoções para as ornamentar com letreiros perenes e para delas arrebatar as cicatrizes; e para que desde a sua seiva se desenrolem efeitos jubilosos que incentivem a poesia.
POEMA SOB O REFLEXO DA TOMADA DE CONSCIÊNCIA
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Tuesday, 14 December 2021
venho tentando aos poucos
fazer qualquer coisa assim:
erguer um jardim sem flores
descrever um panorama sem cores
resolver que uma resistência natural
ao mofo das coisas passadas
não passa de crença
sem fundamento
do que não retive em minha mente
pelo sobressalto do medo
de não obter uma resposta coerente
com meus dogmas e escolhas
venho tentando aos poucos
conceber poéticas originais
que me pareçam entretanto normais
sem traumas e controvérsias
Escravizar
Autor: WILSON CORDEIRO... on Tuesday, 7 December 2021Eu vivo a mandrakear
Porque sou um medroso de galochas
Deus, eu sou culpado de não dar amparo as flores?
Logo eu que sou como um colibri
Que não aprecia as dores
Mas as flores, são lindas e eternas
São as que colorem meu mundo opaco!
São lembretes para informar
Que a inveja nada vale
Não perfuma a esperança
Ocupam o espaço da paz
E nesta escuridão eu vivo a canalizar
Se existem maiores valores
Que devam me impressionar?
Eu vivo como artista nesta vida a encenar
Um sorriso de fato