Meditação

Humanos

Nota mais baixa
Desde teste humanitário
Sou a desventura em serie e a triste promessa ?
Sou eu político ,militante militar ?
Não, sou humano!
Devagar vou andar !
Não estou contemplado na lista dos afortunados ,
Nem na ala dos privilegiados .
Nem serei alistado, ou soldado nessa guerra presente,
Que extirpa o coração facilmente
Eu queria ser menino, mas menino eu não sou
Meu pai me preparou no seu silencio
Ensinando que não era apenas os peixes que Deus ofertaria ,

A indiferença do presente

 

O universo flui no seu devir

Indiferente aos constrangimentos

Que cada mudança acalenta.

Segue pacificamente o seu rumo,

Convicto da sua missão a cumprir.

E no despertar de cada manhã,

Ou no seu entardecer,

Amavelmente nos presenteia …

Com a ternura da sua beleza,

Mesclada na infinidade…

Da panóplia de tonalidades,

De emoções sentidas e vividas

E de movimentos circunstanciados,

Que com os seus braços nos abraçam,

Proporcionando o conforto desejado.

Na sua missão mais pura

um visceral discernimento

os poetas padecem os solavancos da vida para depois lhes justaporem os antídotos cáusticos que reverberam as suas vigorosas objeções; congregam nos seus reflexos as impressões geradas pela textura dos seus anseios; introduzem nos seus refúgios os enlaces de salubres pensamentos.

PÓS-QUANDO

 

PÓS-QUANDO

 

Quando a última estrela

visível ou não

se apagar

que mais restará?

A não ser um vago silêncio

de ausência

que permanecerá

na eternidade sombria

quando os deuses das leis

astrofísicas forem extintos.

Quais serão as equações

que descreverão a nova ordenação

do cosmo?

Decerto não haverá vida nem matéria

Nem entropia nem tempo nem nada

que justifique o paradoxo

de que “no universo

nada se cria nada se perde

tudo se transforma”.

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