Pensamento

Sombra

O que poucos percebem '

Sombra #

E no claro do dia pode-se vela

Calada, sempre atenta, qualquer

Movimento a revela, companheira fiel

Na caminhada da vida.

 

E no se por do dia, cansada repousa

Na escuridão da noite, junto às criaturas

Que vivem da ausência de luz vê-se acuada.

 

Dependente da luz, dos raios naturais e artificiais.

Na terra, es retrato da alma na qual é prisioneira

Liberta nas manhãs de cada dia.

 

Toda a vida

Toda a vida
é uma passagem.
Como a paisagem repetida
da viagem que passa;

é uma viagem
repleta de desgraça
e indiferença.
Uma crença
de boa graça.
Uma miragem
para os que queriam fazer;
ouro para os que já fazem.

É tudo tão presente
como não o é.
É o repente diabólico do crente
que deixou de ter fé.

E por isso vivo a vida mudo(!)
por não poder viver
e ser tudo!

Memórias

Não sei porquê tenho hábito de, de alguma forma, arquivar todos os momentos passados que alguma coisa significaram. Quando os observo não posso deixar de notar o quão as pessoas são voláteis na sua opinião, o quão curto é o “para sempre” e que as promessas não são nada mais nada menos que “compromissos para não cumprir”…

 

Tantas vezes estive tão perto...

EMUDECENDO

Preciso ouvir das aves o canto
Em um canto, onde eu encontre a paz;
Meditar em meio à mata,
O que me mata é o tempo fugaz.

Antes que se esgote a natureza
P`ra minha natureza alegrar,
Preciso sentir o vento chão
Que o chão de folha vai tapetar.

Meus olhares famintos verão
Do verão para sempre o vazio?
Não mais terei o som que me aqueda
O som da queda d`água no rio?

Meu temor é que a ganância leve
A nota leve que se ouve cedo;
Como se houvesse, quando eu acordo,
Um doce acordo entre o passaredo.

A Poesia não enche barriga

POEMA Nº 245
Título do Poema: A Poesia não enche barriga
Autor: © Arthur Santos
Género: Pessoas

A POESIA NÃO ENCHE BARRIGA
(Após ler uma entrevista de Vasco Graça Moura, que o amigo Celestino Santos publicou no Facebook)

A poesia não enche barriga
A mim tanto me faz
gosto dela dita ou numa cantiga!

A poesia pode não enchar o espírito?
A mim tanto me faz
gosto dela numa voz ou num escrito!

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