Poesia Visual

Me Perco

Em busca de mim mesmo

Sempre foi assim

 Com incessante desespero 

Tentando cuidar de mim

A princípio nem notei,

Hoje sei como lutei

Somente para sentir

De tudo que tentei

Acertar desta vez

Então eu errei e

 Muito mais me perdi

O tempo, os ventos e o ar

 Sem cerimônias a passar

Diante do meu existir

Hoje as forças já me faltam

A esperança que tanto falam

 Já fez as malas pra partir

Com meu último desejo

Que nasceu do desespero

Decidi que o recomeço 

Uma Mãe

Uma mulher caminha 
Na rua nua de amor
Ela põe a sua mão na minha 
E olha para mim na sua dor.
 
Fecha o rosto com as mãos 
Para chorar o vazio avassalador.
Enquanto uma lágrima corre nos olhos
Uma avassaladora dor.
 
Mãe que grita por dentro
Chora a amargura da guerra
Um filho mal agasalhado 
Parte para enfrentar a guerra
Que ele nunca jamais iria escolher.
 

Abrindo portas

 
 
Nos meus passos diários existem histórias
vivem personagens que riem e choram
alguns são presente, outros memórias
cruzadas histórias que nos meus passos moram.
 
A uns aconchegos no coração
a outros digo olá e logo me despeço
são histórias da minha vida, pois são
mas não desejo o seu regresso
nos meus passos diários
 
A paz abre flores à beira dos caminhos

Ser Poeta

Ser Poeta

Ser poeta! É amortalhado viver

Desflorando, a brancura do pergaminho

Com a angústia, do seu eterno sofrer

É deambular! pela pela madrugada sozinho.

Ser beijado pela lua, até o dia nascer!

Citar a sua essência bem baixinho

Para a maldita deixar de doer

É abraçar! O âmago do seu tormento com carinho.

Sonhar bem de mansinho!

Com a paixão, que tanto queria ter

É mirrar em cada arfar, por pura miragem ser.

Percorrer o gasto caminho!

Cravando a fogo todo o seu entender

lagrima

De todo líquido de olho seco de pólvora

Irrigam emoções, lavas coração, do mar salgado bombeia motivo sincero.

Entre artérias movimentas corpo vivo, rosto ruborizado vivido, emoções nos olhos secos da Pólvora da Guerra

Todo líquido irriga lágrimas. 

 

Casa Gama

Tu já viu aquilo,
 
que nunca mais vi,
 
em nenhum, nenhum, nhum, lugar?
 
                         nhum,
 
                          hum,
 
                          hummmmmmm!
 
 
Até parece que você anda meio desnudo?
 
Ausente de motivos fúteis,
 
                   motivos que tornam,
 
um grande motivo dinamizado pelo desdém!

aqui desta janela

Aqui desta janela
Que fica no primeiro andar
Vejo passar o andrajoso,
Coxeando e estendendo a mão
Para que lhe concedam uma esmola
Mostrando os dentes podres que lhe restam
Com um sorriso aberto

E na esquina do lado esquerdo
A Dona Rosa que vende um ramo de flores
E dá outro para que não lhe sobre
Para que não morram nas suas mãos

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