Prosa Poética
Perpétua solidão
Partindo hoje daqui
abeiro-me de mansinho
da inércia resoluta
que nos braços teus
encobre
tantos ternos olhares
de alegria quase voraz
sinto-o hoje como doces apaixonados cantares
compelindo-nos de verdade
a bordo desta serenidade indiferente
como sabores da terra
que em nós se planta genuinamente
enriquecendo os oceanos
sempre navegados
Sede de viver
Autor: Frederico De Castro on Friday, 26 September 2014
Sede de viver
Quantas solidões teremos que sofrer
e depois sair de mãos dadas
com a esperança infinita
por cumprir na íntegra,
motivada e rendida
nesta plenitude de tempo
que nos sacia e redime
qual sede de viver e amar;
assim percorro minha apatia erudita
nesta imensa paisagem perfeita
encobrindo o delicado e esbelto verso meu
mil vezes repetido,
tantas vezes ousado
à tua espreita
Guardador da chuva
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 25 September 2014
Guardador da chuva...
Neste meu pequeno mundo
deixei-me de ser necessário
parti rumo ao país
das belezas surpreendentes
de onde sou oriundo
precário e sem antídotos
assim precinto
o tacto carente das palavras
obstinadas
tão difíceis e incoerentes
que se perdem gentilmente fecundas
na fímbria da infinita
exaustão em que me perdi
por mim e por tantos;
À luz da luz
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 25 September 2014
À luz da luz
Podemos sim
todos caminhar
à beira do gotejar
tão intenso como a maré fresca
e bravia das grande ventanias
que me assolam o espaço da alma
onde a minha contida ausência
por fim desliza fiel e casta
entre este sopro de cada vida
e a pura elegância das nossas inconfidências
Podemos sim
sem dissidências nas palavras
sem malícias ou desculpas
emprestar à essência da vida
O passado... passou
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 24 September 2014
O passado...passou
Queres ser o meu abrigo na tempestade
queres combater a maldade dos homens?
Ousa-me,
sente-me delicia-me
com beijos que a tua Terra plantou
no seio do húmus amado
para que juntos lá cheguemos precisos
no alento dos ventos concisos
ao secreto mundo
exaltando nossas vidas;
assim naveguemos pela brisa fresca que
nos impele até ao exílio da pátria amada
num sentimento
Sequiosa Sensibilidade
Autor: carlos gaspar on Wednesday, 24 September 2014Sequiosa sensibilidade
Suave é o desejo ... que me acorda pela manhã
Dócil e carinhosa, vem a mão aveludada da alvorada
Um raio de pontos luminescentes
Vem aquecer um coração que bate impetuosamente
Vou agarrar a minha caneta
...esse desejo...de escrever o que tenho dentro
Sagaz é minha alma e minha caneta
Que não deixa envelhecer as palavras
Que, quotidianas invadem a tua tez branca
Tatuadas , eloquentes , desbravadas
Utopia
Autor: Frederico De Castro on Monday, 22 September 2014
Utopia
Caminho só
repetindo sempre a mesma fé,
quando alimento minhas histórias
perdidas e solitárias
entre dois cálices de poesia
sei o que requer
este lirismo absurdo, ingénuo e tão frágil
que muitas vezes nem o coração mais sabe
onde encontrar meus heróis...já se foram...
procuro agora recomeçar, mas encontro o fim de tudo
ou de nada...
e nem quem me abrace tão forte
Pelo canto dos silêncios
Autor: Frederico De Castro on Monday, 22 September 2014
Pelo canto dos silêncios
Permaneci quieto
em silêncios
deportei até a alma
rumo ao abrigo
onde curo
minhas dores
temores e lamentos desassossegados
Recostei-me neste dia
à beirinha deste poente
que ainda me permite aquecer
sem demoras
à luz doce e frágil
de uma estrela sem rumo
desafortunada
algemada em gestos e palavras
emudecidas na lonjura dos dias
Lamentar Tortuoso
Autor: adelino on Wednesday, 17 September 2014Seu sorriso
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 17 September 2014
Seu sorriso
Sabem,
afinal eu sempre me amparo
no sorriso dela,
desbravo-me na inércia do tempo
quando estou a salvo
repleto nos ventos de feição
eu me descubro e me guardo
e de costume até me modelo
em tudo o que sou
quando tudo o que dou
é até às vezes, um raio de sol
que por mim se aventurou;
Quando quero
passo,posso e dito as regras
em minha poesia