Prosa Poética

Calafetando a solidão

Súbtil foi a hora amamentando o sorriso de vigia junto
Aos pátios da minha esperança irrequieta, quase uma orgia
De felicidade onde esteio as lembranças escoradas e calafetadas
Numa caricia que se traja de mil gargalhadas tão premeditadas
 
Ainda que adie um lamento seus ecos em silêncio

Se um dia eu for vento....

Se eu um dia for vento..... serei também agua e alimento te darei o ar , a luz ....te ensinarei a fazer a alquimia... porque te amo te quero e abraço... te envolvo no meu regaço..... serei vento ,ar que te acaricia...serei o sol da tua alma... o calor ....o frio ,a chuva ...a renovação. Vem dà me tua mao,abraça o meu regaço deixa que limpe tuas lágrimas que correm lânguidas na tua face.....

Acaso

Chegaste suavemente e como que por acaso

Foste ficando, umas vezes perto, outras nem tanto

As ausências começaram a parecer longas

E as presenças começaram a parecer curtas

E via o teu olhar sem estares

E ouvia o teu sorriso quando fechava os olhos

Sentia o teu cheiro quando respirava

Até que eras em mim, presença inteira

E ficaste por fim

Por mim e por ti, por nós

Porque teria que ser assim

Sem fim…

Ou que por fim, outro acaso nos afaste.

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