Prosa Poética

Mulher de Bigode nem o Diabo pode

MULHER DE BIGODE, NEM O DIABO PODE

Eu penso que ser mulher é ser uma máquina, que fabrica pessoas. E ela se envolve em tantos compromissos que às vezes nem se dá conta disso. 

 A mulher trabalha fora, chega em casa os filhos são revistados um por um, caso tenha mais que um. Olha cadernos dos filhos e se prepara para o dia seguinte.

Quando tudo está organizado, toma um bom banho, passa um creme nas pernas, ou em todo o corpo e vai se deitar. Se tiver marido, ele a essa altura já está armado com o "Chico moreno do boné vermelho" e ela tem que rebolar.

Privado silêncio

Varri da madrugada tantas visões suspirando tão subjugadas
Ornando a matiz da solidão cada vez mais vergada
Recostei-me no travesseiro do tempo até que este me vista a saudade
Dormitando ao colo de uma solidão comutativa…bem petiscada
 
Ao longe chora um violão deixando no ar acordes

Ser vadio

Embriagou-se a manhã bebericando a luz
Vindimada num florido crepúsculo excepcional
Alimentou o dia com gotículas de vinho doce,lubrificando
A terra ávida, aliciada…cordialmente inebriada
 
Deixo entrar os segredos da noite vadia em mim
E depois converto-os em folias retemperantes que

O Mar

O Mar...

Nem o Mar que tudo quer e tudo tem

Nem o Mar que tudo leva e tudo traz

Nem todos os Mares, Marés e maresias deste e doutros mundos

conseguem levar consigo todas as tristezas ao fundo

E é num turbilhão de espuma,

entre a promessa de uma onda que nasce e outra que morre, q

ue o mar se move, move, move..

E às vezes, ao olharmos para ele,

Sonhamos com coisas Belas

e isso, é o que Mar deseja, o que o Mar quer...

E o que o Mar quer, o Mar ... Tem!

 

P.RestLessMind x (2017)

Silêncio à la gardère

Remota e longínqua refugia-se a solidão entre
A folhagem deste exílio que se esconde tão proscrito
Alimentando e cutucando os ardores poéticos desta mísera
E afinada ilusão serpenteando todo o silêncio em reclusão
 
O silêncio à la gardère recrudesce integro e despojado

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