SIMPLES DEMAIS
Autor: Arlete Klens on Monday, 9 December 2013ASAS PARA VOAR! ALTO.
PERNAS PARA CORRER...LONGE!
E VOZES PARA CANTAR...O AMOR.
ASAS PARA VOAR! ALTO.
PERNAS PARA CORRER...LONGE!
E VOZES PARA CANTAR...O AMOR.
Dedicado á minha bela cidade. Lagos - Algarve
LAGOS
Zavaia, Lacóbrica, Lagos, terra de lendas e de mar
De vizires, príncipes, boémios, poetas, vagabundos
Onde o litoral palpitante manda o Atlântico beijar
Num beijo com história da demanda de novos mundos.
Fortes, muralhas, igrejas, descobertas, Eanes, Infante
Pedaços de história cantados num poema que me conforta
Feitos por filhos de hoje e de outro tempo mais distante
Forjados na raça e orgulho de um passado que nos importa.
No silêncio do tempo, esperei...
Não conseguia ver, nada mais!
Que o brilho, perdido na alma.
Não vi nada mais, brilhar...
Somente teus olhos...
perdido na estrada.
E tuas mãos...estendidas pra mim.
Meu coração, aquietou-se ao seu lado.
teu abraço, envolveu-me...e ali!
Senti eu, por você ser amada.
Acabaram-se minhas tristezas!
Minhas lágrimas...secaram também!
Não importa se amanhã, eu sofrer...
Se ao teu lado, estiver a viver.
TEMPO DE ALMA
Ai! Se eu pudesse parar o tempo e esculpir
Esculpia esse teu sorriso de lábios rosados
Emoldurado nesse olhar afogueado de fugir
De cabelos soltos de tons ruivos acobreados.
Ai! O porquê de tanta incerteza se o tempo voa e não para
Mas se chegar e não partir, é porque o prendi nos meus braços
Então eu vou rir, rir, porque o riso todos os males sara
Teria de novo os teus beijos e o calor dos teus abraços.
Deixa-me passear em tua floresta
Percorrer teus caminhos suaves
Colher teus beijos, doces frutos pra festa
Os pássaros já cantam, não ouves?
Deixa-me florescer em teu jardim
Perfumar teu coração de amor
Rebolar em teu relvado sem fim
Plantar canteiros de bom humor!
Deixa-me ser a maga, a alquimista
Que com poções magicas te faz sorrir
E te faz dançar a noite inteira na pista...
Deixa-me, Amor, colher teu mel
Ser a luz que trespassa teus desejos
E em teus lábios ternurentos beijos!
MENDIGO DA ALMA
Velho de olhar triste, pobre e vagabundo
Tens por companheira a miséria dominante
Viajante de alma e mendigo neste mundo
Que em delírio beijas o pó, murmurante.
Onde os dias e as noites passam sem ter pressa
Onde nada é diferente e tudo te parece igual
Até o dormir, no canto escuro de qualquer travessa
No chão de pedra enganas o frio num leito de jornal.
Mora próximo a demência, que cultiva esse fadário
Nessa alma adormecida, em que a sorte é a morte
Que num ato de amor, termina esse Calvário.
SENHORA DO LAGO
Donde vieste tu senhora do lago, ardente, vibrante audaciosa
Envolta nos mistérios das brumas, que esconderam tanta beleza
Que ilha de aromas e encantos te conservaram tão airosa
De que reino e de que história são as insígnias da tua nobreza.
De que tempos, de que séculos, te trouxeram a nós doce rainha
Embalada por harpas pressagias e pelo troar das trombetas
Que horas profundas, lentas e caladas, teve senhora minha
Que não ouvistes os cânticos sacros que te cantaram monges poetas.