O Mar

O Mar...

Nem o Mar que tudo quer e tudo tem

Nem o Mar que tudo leva e tudo traz

Nem todos os Mares, Marés e maresias deste e doutros mundos

conseguem levar consigo todas as tristezas ao fundo

E é num turbilhão de espuma,

entre a promessa de uma onda que nasce e outra que morre, q

ue o mar se move, move, move..

E às vezes, ao olharmos para ele,

Sonhamos com coisas Belas

e isso, é o que Mar deseja, o que o Mar quer...

E o que o Mar quer, o Mar ... Tem!

 

P.RestLessMind x (2017)

VIVER MAIS

VIVER MAIS

A cidade grande as tecnologias,

nos matam pouco a pouco.

Vivemos sempre juntos, mas,

distante uns dos outros.

 

Antigmente víamos os velhos,

Andarem de mãos  dadas,

Agora vemos jovens separados,

Por causa das parafernálias.

 

Antes conversávamos mais,

brincava mais, sorria mais.

Agora corremos menos, vivemos menos,

fatigados mais, não olhamos para trás.

 

Sempre querendo mais, o  que pouco,

sabemos é o que menos temos,

é que nos faz feliz muito mais.

Dias cinzentos

Porque falas, amiga, dos dias cinzentos?
Todo o homem é uma incógnita viagem!
Deixa fluir a sombra que desgosta...
O sol sempre a sorrir também é tédio.
Nem sempre o que não temos é  tristeza
e o pranto das nuvens pode ser consolo.

O segredo está na  chuva  que cai,
no seu chorar cantante, transparente ,
  nessa voz que no silêncio chama,
  nesse íntimo sentir que tens dentro do peito.

                                                       Isa Sousa/2017

A Paciência do Tempo

O tempo se despoja de minha espera,
Faz troça da minha paciência
Tiquetaqueando, me condena,
Revela-me sua perene onomatopeia.

Aguarda-me sem pressa,
Como quem apenas me observa.
Mas sei que dele dependo,
Que no fim vou carecer de tempo.

O tempo todo de nenhum momento esperado.
O mesmo tempo que me sobra
Apenas quando não o tenho,
Pois se o tenho, ele já me falta.

Silêncio à la gardère

Remota e longínqua refugia-se a solidão entre
A folhagem deste exílio que se esconde tão proscrito
Alimentando e cutucando os ardores poéticos desta mísera
E afinada ilusão serpenteando todo o silêncio em reclusão
 
O silêncio à la gardère recrudesce integro e despojado

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