o cais sereno
Autor: António Tê Santos on Monday, 13 November 2017eu amplificava a tristeza quando reassumia os afetos com uma nomenclatura desvairada ou quando a puerícia tinha razões que eu ia desbulhando sofregamente.
eu amplificava a tristeza quando reassumia os afetos com uma nomenclatura desvairada ou quando a puerícia tinha razões que eu ia desbulhando sofregamente.
O Mar...
Nem o Mar que tudo quer e tudo tem
Nem o Mar que tudo leva e tudo traz
Nem todos os Mares, Marés e maresias deste e doutros mundos
conseguem levar consigo todas as tristezas ao fundo
E é num turbilhão de espuma,
entre a promessa de uma onda que nasce e outra que morre, q
ue o mar se move, move, move..
E às vezes, ao olharmos para ele,
Sonhamos com coisas Belas
e isso, é o que Mar deseja, o que o Mar quer...
E o que o Mar quer, o Mar ... Tem!
P.RestLessMind x (2017)
os fardos que capturo na minha redoma têm figurações que vou retalhando em gomos de inspiração com uma singular habilidade para usufruir dos relatos que excitam os tratados de sabedoria.
VIVER MAIS
A cidade grande as tecnologias,
nos matam pouco a pouco.
Vivemos sempre juntos, mas,
distante uns dos outros.
Antigmente víamos os velhos,
Andarem de mãos dadas,
Agora vemos jovens separados,
Por causa das parafernálias.
Antes conversávamos mais,
brincava mais, sorria mais.
Agora corremos menos, vivemos menos,
fatigados mais, não olhamos para trás.
Sempre querendo mais, o que pouco,
sabemos é o que menos temos,
é que nos faz feliz muito mais.
Porque falas, amiga, dos dias cinzentos?
Todo o homem é uma incógnita viagem!
Deixa fluir a sombra que desgosta...
O sol sempre a sorrir também é tédio.
Nem sempre o que não temos é tristeza
e o pranto das nuvens pode ser consolo.
O segredo está na chuva que cai,
no seu chorar cantante, transparente ,
nessa voz que no silêncio chama,
nesse íntimo sentir que tens dentro do peito.
Isa Sousa/2017