Viver a Vida

Viver a Vida

Procura amor em outro amanhã
Procura o destino em cada esquina
Perde o medo tem coragem
Enfrenta a vida, menina.

Encanta e observa por ai
Descobre a errar imperfeição
Coloca no pensamento o melhor para ti
Corre sem medo de cair no chão.

Levanta a cabeça na derrota
Reencontra o passado que perdeu
Que sobra, no fim, é que importa
Lembranças daquilo que viveu.

Ranchinho De Sapé

Tapera velha ranchinho Lá do sertão

Que toca o meu coração

Quando me lembro de que por La eu vivi

Hoje a saudade me devora

Não sei por que deixei tudo e fui embora

Hoje já não sou feliz vivendo aqui

 

Tapera velha ranchinho Lá do sertão

Aonde vivi com meus pais e meus irmãos

Deixei tudo e vim morar na cidade

Trabalhava duro enfrentando o sol quente

Tudo ficou guardado na minha mente

Hoje o que restou foi somente a saudade

 

Pela manhã levantava bem cedinho

Havia orvalho pelo caminho

Noitibós (2) / Pássaros que Voam de Noite

Se eu pudesse falaria contigo de noite sentado junto a um rio, um rio que imaginaríamos juntos num sonho profundo, um sonho real, sim, porque os sonhos são reais, tudo é real, por isso existem palavras, sons, peixes, pássaros, pedras, peras, nozes, laranjas, canas, árvores, rios… e a voz da tua alma.

Palheirão (2)

Fomos para um lugar isolado onde costumo pescar quando quero estar só, um deserto de mar e dunas; na areia da praia caminhavam gaivotas, pequenas rolas e maçaricos. O mar estava calmo, chamava por nós.

 

O teu olhar e a imensidão do espaço que me envolvia travavam a minha voz. Ficámos em silêncio, nada havia para dizer, apenas para sentir. Neste local, onde o mar canta e sol vê é impossível falar.

 

E Amou E O Mundo Acabou...

A vida não doeu,
A morte não trouxe alívio,
O homem se tornou pífio.
O amor não deixou saudade,
O ódio pediu arrego,
O homem se tornou árido.
A noite foi ao seu próprio enterro,
Do dia ninguém sabe.
O homem voltou a ser o centro,
Por isso mesmo,
Declamou-se, eloquente,
E amou.
Então o mundo acabou
Voltando a ser o mesmo
homem de sempre.

 

Pescador de sonhos (2)

Junto a um pequeno ribeiro de água fria, um pequeno peixe olha para mim e fala.

- Pescador, se conseguires nadar comigo vais ser peixe como eu.

- Pensei… será mesmo!? bem… é melhor tentar nadar com ele, se o pescar ele deixa de ser peixe… arrumei a minha cana de pesca e mergulhei no rio, o pequeno peixe nadava junto dos meus olhos e voltou a falar.

- Pescador o que queres saber?

- Pensei novamente e perguntei, quero saber se gostas de ser peixe?

Não direi

             Hoje   não  direi de mim

             Nem dos seus olhos

            Direi do cravo e da rosa

            E  de todos do meu jardim

 

            Da rosa  amarela

             Dourada e perfumosa

            De pétalas  aveludadas

           Que insiste espiar pela janela

 

           Rosa carmim, o jasmim

           Petúnia e resedá

           Rosacéas do lado de cá

           Hoje... não direi de mim!

 

 Nereide

 

 

  

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