Jurei

Eu jurei que era

Eu jurei que sou

O Sol tenro da primavera

O frio do inverno que chegou.

 

O aspecto desta vida marginal

É uma esfera de altos e baixos

Como um transexual

Entre fêmeas e machos.

 

Não sou pessoa

Sinto-me coisa figurante.

Nem coisa má nem coisa boa

Mas de falta abundante.

Um livro abandonado à estante!

Borguês

Certos pensam que sou borguês

Porque marcho com os pés na frente.

Disso estou inteiro consciente

Nesta pele de burgo em viuvez.

 

Queria pular no vazio do universo

Penetrar esse vazio que me atacha

Viver na página do verso

Onde todo mundo me acha!

 

A minha borguesia 

É uma caixa vazia...

 

Meninos índios

Meninos índios

Silvícola,
selvagem
conterrâneo.
Uirapuru
cantou no escuro
hoje,
escondeu canto
do menino
tupi, apuã,
tapirapuã,
de dívida,
de ontem
de amanhã.
Um rosto santo
olhar feliciano
separado
do sofrimento
de um povo.
Quantos somos
a reconhecer
que são na realidade
apenas amores.

Amor..Amor

Amor...Amor
 
Amor,o mundo
incrivel e fascinante todo nosso
nesse dia neste instante
esquece as previsões
viva nossas emoções
e esquece o restante
 
Amor, o tempo
passando sem ser passageiro
ele é todo nosso
o que é verdadeiro
ficará sempre em nós
porque quando estamos a sós
o resto é estrangeiro
 
Tudo nosso
és minha e eu sou seu

invenções

Conseguiremos escrever todos os jogos de palavras, sem precisar de novas inventar?

 

Conseguiremos dar sentido às nossas invenções?

Escrever!

Todos os impulsos são benvindos,

Os consiga criar!

Jogos,

De ténues inspirações:

Palavras com sentido de ser,

Sem definições!

Precisar,

De tempo para as dar a conhecer:

Novas criações:

Inventar!

 

Conseguiremos criar:

Escrever?

São invenções,

Impulsos lindos:

sentidos benvindos!

Inspirações?

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