o cais sereno
Autor: António Tê Santos on Monday, 16 October 2017as brigas corroboram a formosura do regato que constrói as primícias dum fraterno alvor: preenche as minhas vicissitudes inundando as áleas onde a sordidez gerou contratempos; transvasa do palavreado para estorvar a ordenação que me circunda.
Jurei
Autor: José Bogas Alves on Monday, 16 October 2017Eu jurei que era
Eu jurei que sou
O Sol tenro da primavera
O frio do inverno que chegou.
O aspecto desta vida marginal
É uma esfera de altos e baixos
Como um transexual
Entre fêmeas e machos.
Não sou pessoa
Sinto-me coisa figurante.
Nem coisa má nem coisa boa
Mas de falta abundante.
Um livro abandonado à estante!
O Mar, As Pedras E O Amor
Autor: André Claro on Monday, 16 October 2017Por que o mar beija as pedras? Por que o amor para diante delas? Quando o amor beija as pedras? Quando o mar para diante delas? Então só quem é duro as enfrenta Ou se mistura a elas, Esperando um beijo do mar No ponto onde amor quebra.
Borguês
Autor: José Bogas Alves on Monday, 16 October 2017Certos pensam que sou borguês
Porque marcho com os pés na frente.
Disso estou inteiro consciente
Nesta pele de burgo em viuvez.
Queria pular no vazio do universo
Penetrar esse vazio que me atacha
Viver na página do verso
Onde todo mundo me acha!
A minha borguesia
É uma caixa vazia...