Pés e nuvens
Autor: Marcos Rossi on Saturday, 14 October 2017Pés e nuvens
Por que se apressam meus pés
se sequer sei a distância
se sequer sei a tolerância
que a vida vai me pautar.
Parece que a pressa de meus pés
é semelhante às nuvens do céu
ao vento que sopra nos arranha-céus
que engole a garganta do abismo.
Encurto meu andar no escuro
espicho o meu andar no mundo claro
rompi com meu destino cruel
de ser andarilho do deslaço.
Gratidão
Autor: Marcos Rossi on Saturday, 14 October 2017Gratidão
Virtuoso és se grato fores
este farol encandeie o caminho
no desposar desta virtude
seres sempre sabidamente.
Plana neste plano do saber
saberá recorrer seu querer
nos planos da tua gratidão
que padeceu pelo engano.
Seja astuto com a sabedoria
embeleze esta áurea de justiça
grato seja neste em todos os pontos
os que possam até existir, jamais.
Relógio
Autor: Marcos Rossi on Saturday, 14 October 2017Relógio
O tempo esqueceu de apontar
algumas coisas que já não me lembro mais
me parece que o tempo só aponta
coisas grandes e as pequenas deixa pra traz.
Por isso não uso relógio,
seus ponteiros se cruzam sem nada marcar
só avisam que chegou a hora
que já vai correndo embora
na tentativa somente de me apressar.
Acho que por isto não encontro meu tempo
por estar mergulhado nas coisas pequenas
amparo-me nelas como se verdadeiras,
e quando descubro que não sustentam
dou volta e meia pra trás
Cad’ela?
Autor: André Claro on Saturday, 14 October 2017
De tão só, acabou a procurando em todas.
Viu-se sem nenhuma satisfação nem força,
Encontrou a culpa lhe chicoteando o corpo.
Chegou a pensar em castigo, peça ou troça.
Procurou se livrar daquela ânsia e demora,
De querer se abater com seu próprio corte,
De se suster com o não passar das horas.
Pediu perdão a Deus e foi tomar seu porre.
Foi encontrado caído dormindo ao meio-fio,
Como se fosse um adolescente apaixonado,
Que perdera a razão depois de ser chutado
E queria desforrar com seus bêbedos sibilos.
Procurei Dentro De Mim
Autor: Antonio Carlos Ramos on Saturday, 14 October 2017Eu caminhava dentro de mim
Para saber onde me encontrava perdido
Procurei no armário empoeirado da minha alma
Encontrei muitos sentimentos esquecidos
Clamei ao senhor e ele varreu toda angustia
E acendeu a chama que estava apagada
Trouxe luz, levou embora a escuridão.
E dentro de mim ele fez sua morada
Agarrei- me ao seu amor e desfiz da solidão
Ele me consolou, eu disse Adeus ha tristeza.
Enchi de esperança o meu coração
Quando voltei para o meu eu
Um sol bonito brilhava para mim
CC
Autor: Miguel António ... on Saturday, 14 October 2017Estou no meu segundo meio, primeiro o mar, segundo a solidão da noite. Durante a noite posso pensar, sem raciocinar, viajar… hoje, contudo, estou preso, não consigo voar, está tudo muito pesado. Por vezes fico leve demais, descolo com facilidade. Hoje sinto o contrário, estou pesado! Quando olho não vejo o horizonte, muito menos o seu limite.
Lua - 1
Autor: Miguel António ... on Saturday, 14 October 2017Ela está aí, aparece como alguém que vive para pudermos acreditar na simplicidade das coisas que encantam.
É um quadro vivo pintado com uma só cor que muda de tonalidade com o passar das estações.
Com ela cresce a vontade de ver de noite, de olhar o céu e sentir o universo.
A luz do Sol esconde-a para que possa voltar ao entardecer.
(01/01/2015)
MS
Nuvem
Autor: Miguel António ... on Friday, 13 October 2017Preciso inventar sorrisos, ver campos e árvores, tulipas brancas e pretas, ouvir os rios e acordar com a luz clara de uma manhã sem vento.
Quero multiplicar os beijos e as palavras, os abraços e os frutos das árvores, quero ver os teus olhos do tamanho do mundo, quero evitar as horas vazias que me pesam nos ombros.
Quero procurar-te no mar e na terra, de dia e de noite, ao sol e à chuva, triste e alegre.