a penumbra ascética
Autor: António Tê Santos on Sunday, 7 January 2024a consciência que agora possuo clarifica os meus desacatos e as minhas agitações profundas; os meus percursos marginais; os ferimentos causados pelos meus enceguecidos impulsos.
a consciência que agora possuo clarifica os meus desacatos e as minhas agitações profundas; os meus percursos marginais; os ferimentos causados pelos meus enceguecidos impulsos.
saí duma frágil redoma quando me propus enfrentar o mundo; quando exteriorizei a minha crença numa vida melhor; numa quimera que ignorou a grosseira realidade.
as horas tecem
sua trama usual
nas mesmas vozes e sons
que eclodem
em minha esquina
impelindo-me
a uma rotina
que a tudo transpassa
-efêmera linguagem
que dilacera o dia
há arremedos espirituais que colidem contra as paredes da nossa consciência; há parâmetros falseados que galopam sobre o nosso destino; há palestras rotineiras que dificultam o nosso crescimento.
recrio as ideias humanas para mostrar o meu orgulho pela sua dolorosa evolução; pelos seus traumáticos dilemas e pelos importantes intentos que projetam; que transitam para o âmbito das realizações universais.
jorram de mim vocábulos que constroem um palácio transcendental; que desprezam as multidões e as suas refregas malditas; que enobrecem o meu caráter através dos seus ditames fecundos.
Natal como és tão belo,
Com tanta neve a cair
Pelos pinheiros abaixo
Onde as minhas prendas vão abrir.
Tocam os sinos, cantam os anjos,
A Jesus tão pequenino,
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Cantar o fado é um condão
na alma de quem o sente
pois alegra o coração
o pensamento exibe as minhas aspirações; reduz os meus ímpetos cruéis; expulsa do meu íntimo os insultos banais; reúne aos valores que propago uma grande moderação.