A alma do meu personagem

às vezes fingia

saía de mim e retornava ao fim do dia,

morria o poeta ...

e salpicavam em mim noites intermináveis

de sabores amargos e funestos,

outrora sentidos e emaranhados no meu ser

mas agora apenas vividos

por não saber afugentá-los,

vencendo apenas a angústia mortal da realidade presente,

cuspindo os anseios do meu coração

e erguendo a voz abafada do meu corpo,

fingia ...

procurando constantemente pela minha alma latente,

sangrando e inundando o sol de breu,

Apenas desejo

Desejo-te

Apenas te desejo, não te amo

Amor é dádiva serena, complacente compaixão

E o que sinto por ti é apenas

Explosão de sentidos,

Necessidade de presença,

Toque do teu olhar em mim,

Os meus braços dentro dos teus braços ...

Quisera tirar de dentro do meu peito

A emoção de te querer

No entanto fugidia a vontade em mim partiu

E o sonho de te querer

Venceu o cansaço e permaneceu,

E assim continuo te desejando

Nunca encontrando aquele que espero

Eu ainda choro

Tanta coisa errada nessa vida,
estou sozinho, hei deprimido,
desvelo um sorriso falso,
as vezes retribuído.
 
Me acostumei,
as porradas desta vida,
curaram minhas feridas,
mas ainda choro.
 
Como uma rosa num canteiro,
se defende com os espinhos que ferem seu assassino,
assim sou eu, palhaço no palco,
sorrindo, mas deprimido.
 
Eu tenho asas, eu vou pular,
Me desculpe ter sumido,
estava me encontrando

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