Somos
Autor: DiCello Poeta on Friday, 15 September 2017Sinto você, aqui em mim
Autor: DiCello Poeta on Friday, 15 September 2017o cais sereno
Autor: António Tê Santos on Friday, 15 September 2017atravesso o umbral da literatura para poisar num oásis profícuo onde as minhas façanhas revoluteiam em circunspectas evoluções.
Das Piores, A Pior
Autor: André Claro on Friday, 15 September 2017A dor furiosa,
A dor dormente,
A dor que morde,
A dor sem dentes,
A dor da morte,
A dor da parturiente,
A dor que explode,
A dor que mina,
A dor infame,
A dor decente,
A dor do velho,
A dor de novo,
A dor que te dói,
A dor do outro,
A dor que não passa,
A dor de quem fica,
A dor que não se vê,
A dor de quem sente,
A dor de quem chora,
A dor que sibila,
A dor de quem olha,
A dor cega que alucina,
A dor grave,
A dor aguda,
Cuidado com o ovo da serpente
Autor: Coletivo on Friday, 15 September 2017Ele é tão safo, que é capaz de ter seduzido a morte e esperado amanhecer pra sair de fininho do cemitério, pegado caminho de casa a pé...
E no meio do caminho ele encontrou um monte de gente na magrugada e anda trocando ideia com quem anda por aí...
Catadores de papelão,
vendedores de cafezinho,
porteiro,
taxista,
travestis,
frentistas,
putas,
craqueiros,
garis,
tocadores de realejo,
ladrões,
motoristas,
dona insônia,
e exu.
LUPA DISTRAÍDA
Autor: Coletivo on Friday, 15 September 2017
Parecia ser tudo azul, mas depois tudo foi sendo diluído com as luzes que vinham lá de fora e eu confundi as cores da sala das sete janelas, as 7 horas da manhã parecia azul, as 11 horas da manhã lembrava o azul, as quinze horas ainda tinha tons de azul, as 18horas quando a luz ia embora eu percebi que tudo era azul como o céu é, todos os dias antes do fim da tarde.
Cumplicidade
Autor: DiCello Poeta on Thursday, 14 September 2017Livre Para Voar
Autor: Antonio Carlos Ramos on Thursday, 14 September 2017No sertão eu vivia solitário
Mas tinha um grande amigo
Desde pequeno viveu comigo
Hoje ele e um velho canário
Preso a uma gaiola ele cantava
Toda manhãs ele me despertava
Por muito tempo ele fez esse cenário
Um dia doente ele amanheceu
Era triste o semblante seu
A partir desse dia deixou de cantar
Pensei em lhe dar liberdade
No coração já existia a saudade
De vê-lo partir e não mais voltar
Mais o tempo foi passando
E a morte parecia certa
o cais sereno
Autor: António Tê Santos on Thursday, 14 September 2017o sentimento flui numa paisagem que se estende desde o orifício das ilusões até ao imponente olhar que agride a nostalgia quando dilacera as missivas que enredam a solidão.