rumores essenciais
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 22 August 2017progrido atentando no choro que baliza as fráguas do passado: é a sobriedade que eu arremesso contra as paredes dum eremitério na transparência inaudita requerida pelos cânticos.
progrido atentando no choro que baliza as fráguas do passado: é a sobriedade que eu arremesso contra as paredes dum eremitério na transparência inaudita requerida pelos cânticos.
JE SUIS BRÉSIL
Mon nom est Silencio,
vous avez appelé Barbarisme.
Chaque jour,
vous êtes dans
mon petit parapluie,
dans la même ombre
la société défigurant.
Vous êtes la promesse
la sécheresse de l'amour.
Jusqu'à présent,
seule Je vois votre
anonymat misère
pressant avec
de la vapeur.
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EU SOU BRASIL
Mangueira
Eu e ela sempre estivemos aqui
Os seus frutos com ela eu colhi
Provando o sabor do seu néctar
Debaixo de sua sombra
O beijo dela eu também pude provar
Ate um balanço eu fiz pra ela
Daqui muitas vezes
Vimos findar uma tarde tão bela
O sol se despedia de nós
Enquanto eu estava nos braços dela
Mangueira velha, Mangueira Velha.
Um dia ela foi embora daqui
E aqui nunca mais apareceu
O tempo passou e você envelheceu
Isso também comigo aconteceu
Se tiver de chorar:
choro.
Se tiver de gritar:
Grito.
E para que nunca esqueça de me sentir,
Deixo tudo isso escrito.
Eu embalava no sono
Quando o Senhor me chamou
Ele olhando nos meus olhos Falou
Filho vem comigo vou lhe mostrar
Um lindo cenário você vai ver
Sei que jamais vai esquecer
Há lindo lugar ele me levou
E um jardim colorido ele me mostrou
Os perfumes das flores exalava no ar
Eram tão lindas nunca vi nada igual
Disse o Senhor olhai, são lírios do campo.
Que esta a contemplar
De repente eles aparecem
E sozinho também eles crescem
Mostrando sua infinita beleza
Achar que a vida é um contínuo de tormentos é ser fatalista?
Achar já implica ser realista,
Que até as palavras escritas têm sentimentos,
A vontade queira as escrever!
Vida!?
É sentido realista:
Um rol que se replica em deslumbramentos!
Contínuo esquecer!
De rima fraca, sentida, simplista!
Tormentos?
É o caminho sem pensamentos:
Ser?
Fatalista?
Achar sentimentos,
Realista?
A vida?
Que escrever?
É simplista?
Um rol de deslumbramentos!
tergiverso sobre as labaredas da rebelião quando vasculho a mocidade; ou quando demudo o pranto das alegorias que coleiam pelos ramais do sofrimento.
Da debruçada janela
Sobre a encosta de uma serra
de jeito mais mistico que romântico,
Sinto o pulsar da terra
Banhada pelo mar do Atlântico.
Ouvem se os pardais
Ao cair do sol,
Recordando a hora de recolher,
E alimentando a alma faminta
Daquilo que mais lhe dá prazer.
E o breu q a muitos assusta
É o mesmo que a outros conquista.
Minha doce e próspera Sintra
Que a mim tanto vicia.