catapulto-me para o lugar onde a promiscuidade se ergueu absorvendo as transações da minha alma ou destampando as garraiadas que adornaram os meus discursos.

Destarte existo...
Antes de sacar a pena, lavei as mãos,
antes de expor a alma, lavei meu corpo,
antes de alisar os cabelos, lavei a cabeça,
antes de começar a pensar,
lavei meus pensamentos.
Agora tudo limpo e purificado,
podemos começar a prosar e existir.
Posso expor os defeitos
de meu corpo com classe,
o brilho de meus cabelos arredios,
sem o odor de meus pensamentos.
Quanto cuidado tenho com meu corpo,
ao expor m’alma e replica-la nas letras.
Nesta audácia pra frente me escrevo,

Ainda não vou embora... por agora.
Ainda estás entranhado em mim.
Sabes que a alma sempre demora
A aceitar que chegou a hora...
Que o sonho encontrou um fim.

Mas por agora, ainda estou aqui.
Nos labirintos da memória,
No deleitar de uma efémera história,
Na saudade incessante de ti.

Derramo silêncio nos meus dias,
Num deslizar das horas frias
Carenciadas da tua presença.

E é no ocaso do teu olhar
Que rendida acolho a sentença
Do mutismo do meu amar.

Vive o aqui e o agora, o depois pode nunca se concretizar. A vida é efémera.

Se o caminho que percorres é fácil demais, poderá muito bem ser o errado, o caminho correto exige coragem nos difíceis obstáculos mas garante uma vitória definitiva cheia de novas aprendizagens.

Não podes concluir que algo é impossível de se realizar sem ao menos teres tentado.

Se puseres alma nos projectos que empreendes, pode não ser tudo perfeito, mas será com certeza algo gratificante.