Dia após dia

me pego a questionar

Por que estou correndo?

Aonde vou chegar?

Noite após noite,

sob a luz do luar

o meu inconsciente

novamente a perguntar

Por que eu não descanso?

Por que não me deitar?

Reluto,

Não há sentido,

instantaneamente eu imagino

agora a passos curtos

andando suavemente

sob a luz do luar.

O que será cansaço que não é sono, tristeza que não é depressão, saudade que não é solidão?

O maior espaço!

Será que é moleza?

Cansaço?

Que enche-nos de uma morosidade,

Não estamos a dormir!

É uma incapacidade!

Sono?

Tristeza?

Que deseja cada dono?

Não é o momento de desistir!

É o corpo a querer...

Depressão?

Saudade?

Que vem para permanecer!

Não  torna o homem pequeno!

É apenas um período sereno!

Solidão?

O espaço!

morosidade!

Será moleza?

os requebros da angústia enaltecem as configurações delituosas mudando-as para uma rebelião capciosa quando os amplexos não suplantam a miséria de viver.

Acredita e tenta...arrisca acreditando e estando ciente que és capaz de ultrapassar essa meta. 

serão de ondas as viagens, mesmo as sem destino, ou de  tormentas?

Serão gentes sem coragens?

De modos cheios ou vontades sedentas?

Ondas!

As marés sem ponta de clandestino:

Viagens!

mesmo que sejam apenas, rotinas, rondas,

As de cada um:presentes,

Sem nuvens coerentes,

Destino

Ou mergulhos de mar!

De a alvorada esperar!

Tormentas...

Serão coragens?

De ondas?

As viagens!

Mesmo rondas!

Clandestino

Presentes?

Sem coerentes!

Destino