rumores essenciais
Autor: António Tê Santos on Thursday, 6 July 2017desprezo a carapaça mundana quando perfuro os dísticos que a minha lembrança consome e quando me exprimo com os vocábulos que a modelam.
desprezo a carapaça mundana quando perfuro os dísticos que a minha lembrança consome e quando me exprimo com os vocábulos que a modelam.
São os meus e os teus desejos
adoro-as com suas essências latentes
Até quando aguentaremos o fado, feito dia, a vida, esta feita aventura?
Até que já não haja passado?
Quando o tempo não for de apenas desfeita?
Aguentaremos!
O modo de ser sem amargura:
Fado!
Feito jeito desastrado!
Dia?
A moda em jeito magia!
Vida?
Esta linha meio descosida:
Feita!
Aventura?
Até desfeita
Aguentaremos!
O Fado?
Amargura?
Feito dia
A magia!
Vida
Feita descosida
Aventura...
O povo, o estado oprime.
Só é eficaz para os mais ricos.
Lamento e pensando fico
Porque não é o mesmo regime
Pra todos? Algo que anime.
Não favoreça só um lado.
Não deixe o povo amarrado
A um estado ineficaz.
Que ao rico atende e faz
Tudo o que é solicitado.
Namorando com você
és um delírio meu... um querer
amar-re é um mar de desejos
tenho a postura dum cavaleiro errante que a memória vai arrebatando à tirania ao propalar as desmesuradas insurreições.
Respiro profundamente
ofegante ansiedade
mas algo me falta... é você
Será que o caminho não já tem retorno, sem arrisco, vem, fica?
Será desalinho?
Que o tempo não é pisco!
O passar, nunca é a bem!
Caminho?
Não parece uma vida rica!
Já não tem qualquer adorno!
Tem?
Retorno!
Sem alinho!
Arrisco?
Vem!
Fica?
Será desalinho?
O bem?
Caminho!
Tem adorno?
Rica!
Que pisco?
Sem arrisco!
Retorno?
Alinho?
Vem?
Fica?