FORA DO TEMPO

Os sinos dobravam por sua mãe,
mártir dos fogos de Verão
mas ele fazia o seu luto
enlaçado na mulher,
rezando um amen erótico e carnal.

Lá fora as ambulâncias silvavam
a caminho da mata incandescente,
mas nenhum grito,
por mais lancinante,
faria esmorecer aquela dança;a sensual.

Na mata um velho gritava:
- Fujam, que vamos ser engolidos!
Mas eles permaneceram unidos
como rodas dentadas,
lábios crispados, e intumescidos.

FORA DO TEMPO

<p>&nbsp;</p>
<p>Os sinos dobravam por sua m&atilde;e,</p>
<p>m&aacute;rtir dos fogos de Ver&atilde;o,</p>
<p>mas ele fazia o seu luto,</p>
<p>enla&ccedil;ado na mulher,</p>
<p>rezando um &aacute;men er&oacute;tico e carnal.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p>L&aacute; fora as ambul&acirc;ncias silvavam</p>
<p>a caminho da mata incandescente,</p>
<p>mas nenhum grito,</p>

como criança

mesmo mal dormido, acordei querendo ser de novo criança:  tempo para tudo!

Mesmo meio amolecido,

Mal acabado de acordar,

Dormido!

Acordei,

querendo no tempo voltar,

Ser, o que sempre ansiei,

De vontade!

Novo, mas nesta realidade:

Criança!

Tempo, que todo o dia se relança,

Para aquilo que regressei,

Tudo!

Mesmo acordar,

Querendo, acordei:

Dormido!

Querendo voltar:

Ser, ansiei,

De vontade!

Novo:realidade!

Criança,

Tempo relança,

reconhecido

apesar de um ícone, deveras reconhecido, sabe sempre bem ser reconhecido!

Apesar de ainda pouco escrever,

De já ser muito ouvido,

Um ser por muitos querido!

Deveras!

Reconhecido,

Sabe superar todas as esperas,

Sempre servem para ler,

Bem, doces ou severas!

Ser!

Reconhecido.

 

Escrever,

Apesar querido,

Reconhecido?

Sabe esperas!

Sempre ler,

Deveras!

Sabe ser:

Bem reconhecido!

 

 

Incendio

O fogo dança enquanto queima

o fogo dança enquanto queima a madeira

o fogo sobe ao telhado,

o fogo dança enquanto queima o açoalho,

o fogo corre, cada vez mais perto do quarto.

 

a escada é sua passagem

o sono, agora pesado,

o fogo ja bate, ja queima a porta,

logo estará em seus quartos.

jamais

jamais cederei facilmente, se houver limite, tenho apenas de o ultrapassar!

 

jamais conheceremos o limite,

cederei: nem pensar!

facilmente?

Se existir não o será para mim!

Houver?

Limite?

Tenho que viver,

Apenas aceitar o convite,

de continuar,

o mais pacientemente:

Ultrapassar!

 

Jamais pensar:

Cederei!

Pensar?

Limite!

Houver?

Tenho que viver!

facilmente

Continuar,

Convite!

Pacientemente:

Ultrapassar!

cansado

foi uma desilusão: dizer pela primeira vez que estou cansado da vida!

 

foi uma pontada no coração,

Uma coisa indevida!

Desilusão,

Dizer em voz alta,

pela vida que não me faz falta!

Primeira sem intenção!

Vez, como inusitado:

estou apenas zangado!

Cansado,

da história que me foi escolhida:

Vida!

 

Foi indevida,

Uma desilusão,

Coração:

Escolhida,

Dizer intenção!

Primeira falta:

Vida alta:

Zangado!

Estou cansado:

Inusitado,

Exposição escolar de artes

Para todos aqueles que têm acompanhado, esta é a primeira exposição de final de ano lectivo a decorrer no Agrupamento de Escolas da João Franco, Fundão. Claro, que como nem tudo é perfeito, houve muito alunos que infelizmente não conseguiram colaborar com as suas demonstrações, no entanto há que relembrar que o fim de ano é sempre muito complicado e por vezes é difícil conseguir chegar a tudo, mas como é um projecto que irá continuar esperemo assim evolução... Um muito obrigado a todos aqueles que fazem parte deste projecto e pela oportunidade... 

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